É importante compreender como as crianças e jovens são vítimas de cyberbullying para que isso possa ser facilmente reconhecido e medidas possam ser tomadas.
Algumas das táticas de cyberbullying mais comuns incluem:
- Postar comentários ou rumores sobre alguém online que sejam maldosos, ofensivos ou constrangedores.
- Ameaçar machucar alguém ou mandar que se matem.
- Publicar uma foto ou vídeo maldoso ou prejudicial.
- Fingir ser outra pessoa online para solicitar ou publicar informações pessoais ou falsas sobre outra pessoa.
- Publicar nomes, comentários ou conteúdo maldosos ou odiosos sobre qualquer raça, religião, etnia ou outras características pessoais online.
- Criar uma página da Web maldosa ou prejudicial sobre alguém.
- Doxing, uma forma abreviada da palavra documentos, é uma forma de assédio online usada para se vingar e para ameaçar e destruir a privacidade de indivíduos, tornando suas informações pessoais públicas, incluindo endereços, previdência social, cartão de crédito e números de telefone, links para contas de mídia social e outros dados privados.
Diferentes maneiras do cyberbullying
Como o cyberbullying pode acontecer de diferentes maneiras, exemplos baseados em experiências da vida real podem fornecer uma compreensão mais profunda das táticas normalmente usadas. Junto com outros fatores de risco, o bullying pode aumentar o risco de comportamentos relacionados ao suicídio.
Além disso, o cyberbullying pode ser implacável, aumentando a probabilidade de ansiedade e depressão. Alguns estados optaram por processar os jovens que praticam bullying por assédio criminal, incluindo o incentivo a alguém a morrer por suicídio. Algumas formas de cyberbullying são formas de assédio que se transformam em atividades criminosas, e algumas táticas ocorrem em relacionamentos de namoro e podem se transformar em violência interpessoal.
Muitos dos sinais de alerta de que o cyberbullying está ocorrendo ocorrem em torno do uso que uma criança faz do dispositivo.
Alguns dos sinais de alerta de que uma criança pode estar envolvida em cyberbullying são:
- Aumentos ou diminuições perceptíveis no uso do dispositivo, incluindo mensagens de texto.
- Uma criança exibe respostas emocionais (risos, raiva, aborrecimento) ao que está acontecendo em seu dispositivo.
- Uma criança esconde sua tela ou dispositivo quando outras pessoas estão por perto e evita discutir sobre o que ela está fazendo em seu dispositivo.
- Contas de mídia social são fechadas ou novas contas aparecem.
- A criança começa a evitar situações sociais, mesmo aquelas que eram desfrutadas no passado.
- A criança fica retraída ou deprimida, ou perde o interesse pelas pessoas e atividades.
O que fazer quando acontece o cyberbullying
Se você notar sinais de alerta de que uma criança ou jovem e pode estar envolvida em cyberbullying, tome medidas para investigar o comportamento digital dessa pessoa.
O cyberbullying é uma forma de bullying e os adultos devem adotar a mesma abordagem para lidar com isso: apoiar a criança ou jovem que está sofrendo bullying, abordar o comportamento de bullying de um participante e mostrar às crianças que o cyberbullying é levado a sério.
Como o cyberbullying acontece online, responder a ele requer abordagens diferentes.
O fenômeno do efeito contágio na mídia não é novo, mas muito atual. No Brasil a mídia é a terceira maior causa de suicídio em jovens de 15 a 29 anos, e um grave problema de saúde pública.
Em função dos mais recentes sucessos das séries 13 Reasons Why e Euphoria, que descrevem o bullying/cyberbullying, o suicídio e comportamentos autodestrutivos de forma curiosamente descuidada, sem nenhuma orientação e respaldo para as pessoas intimidadas buscarem ajuda.
Aponto como urgente a necessidade de normatização informativa positiva, acolhedora da produção e distribuição dessas mensagens nos meios de comunicação social brasileiros, que venham a contemplar os diversos gêneros audiovisuais e, sobretudo, os novos suportes de veiculação caracterizados por orientação de cuidados para os pais/escola/pessoas intimidadas, informações de apoio, esclarecimentos e onde procurar ajuda para estes casos.
Se você acha que uma criança ou jovem está envolvida em cyberbullying, há várias coisas que você pode fazer:
- Aviso – Reconheça se houve uma mudança no humor ou comportamento e explore qual pode ser a causa. Tente determinar se essas mudanças acontecem em torno do uso que uma criança faz de seus dispositivos digitais.
- Fale – Faça perguntas para saber o que está acontecendo, como começou e quem está envolvido.
- Documento – Mantenha um registro do que está acontecendo e onde. Faça capturas de tela de postagens ou conteúdos prejudiciais, se possível. A maioria das leis e políticas observam que o bullying é um comportamento repetido, portanto, os registros ajudam a documentá-lo.
- Relatório – a maioria das plataformas de mídia social e escolas têm políticas e processos de relatórios claros. Se um colega de classe pratica cyberbullying, denuncie à escola.
- Plataforma SaferNet – Você também pode entrar em contato com plataformas de aplicativos ou redes sociais para relatar conteúdo ofensivo e removê-lo. Se uma criança recebeu ameaças físicas, ou se um crime potencial ou comportamento ilegal está ocorrendo, denuncie à polícia.
- Apoio – colegas, mentores e adultos de confiança podem, às vezes, intervir publicamente para influenciar positivamente uma situação em que conteúdo negativo ou prejudicial é postado sobre uma criança. A intervenção pública pode incluir a postagem de comentários positivos sobre a pessoa alvo do bullying para tentar mudar a conversa para uma direção positiva. Também pode ajudar a estender a mão para a criança que está fazendo bullying e o alvo do bullying para expressar sua preocupação. Se possível, tente determinar se mais apoio profissional é necessário para os envolvidos, como falar com um orientador ou profissional de saúde mental.
Ajuda para bullying e ciberbullying na plataforma da Safernet:
A SaferNet Brasil oferece um serviço de orientação sobre crimes e violações dos Direitos Humanos na internet, de forma anônima e sigilosa.
A equipe da SaferNet é formada por profissionais especializados para orientar sobre como prevenir algumas violências online, o que fazer para denunciar e, quando possível, facilitar a identificação de instituições de saúde e/ou socioassistenciais que possam realizar um atendimento presencial o mais próximo possível da sua cidade/região.
Entre em contato: https://new.safernet.org.br/helpline
Fonte: https://www.stopbullying.gov/bullying/what-is-bullying
Agendamento para consulta presencial ou consulta de psicoterapia on-line:
WhatsApp (13) 991773793
Marina S. R. Almeida
Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar
Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista
Licenciada no E-Psi pelo Conselho Federal de Psicologia para atendimento de Psicoterapia on-line
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INSTITUTO INCLUSÃO BRASIL
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