MENINAS, ADOLESCENTES E MULHERES COM AUTISMO

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Nossa compreensão da síndrome de Asperger, atualmente consideramos a classificação de Transtorno do Espectro Autista – TEA nível 1 de funcionamento, segundo o DSM-5; que é baseada majoritariamente no perfil de habilidades e na história do neurodesenvolvimento de meninos, jovens e homens, por conta da incidência e prevalência do autismo no sexo masculino.

Apenas recentemente, há pouco mais de 10 anos o estudo do fenótipo do autismo no feminino tem sido investigado na comunidade científica.

Na mulher o autismo apresenta algumas diferenças em suas adaptações e comportamentos que podem ser diferentes nas etapas do neurodesenvolvimento, mas ainda temos uma proporção de incidência maior em 4 homens para 1 mulher com autismo.

Meninas, jovens e mulheres com autismo são diferentes, não em termos de características essenciais, mas em termos de sua reação. Elas usam estratégias específicas de enfrentamento e ajuste para camuflar ou mascarar sua confusão em situações sociais ou alcançar sucesso social superficial por imitação ou fuga para um mundo de fantasia ou natureza.

Os profissionais de saúde precisam de uma mudança de paradigma em termos de compreensão da apresentação feminina do autismo para garantir um diagnóstico precoce, acesso a suportes de saúde mental e compreensão eficazes.

A Psicóloga Marina Almeida é especialista em Transtorno do Espectro Autista, e realiza Entrevista Diagnóstica online ou presencial para adultos (homens ou mulheres) com hipótese de autismo nível 1 de funcionamento ou síndrome de Asperger.

Entre em contato pelo WhatsApp (13) 991773793 para maiores informações.

Desenvolvimento do Autismo no Feminino:

Na primeira infância, provavelmente muito antes de uma avaliação diagnóstica, uma menina com as características de autismo começará saber que é diferente das outras meninas; pode não se identificar ou não querer brincar cooperativamente com suas colegas. Seus pensamentos podem ser que as brincadeiras de outras garotas são estúpidas, chatas e inexplicáveis. Ela pode preferir brincar sozinha para poder fazer do seu jeito. Seus interesses podem ser diferentes de outras meninas, não necessariamente em termos de foco, mas de intensidade e qualidade. Por exemplo, ela pode colecionar mais de 50 bonecas Barbie e optar por não brincar com suas amigas da vizinhança, mas organizar, colecionar as bonecas em configurações específicas, por tipos, roupas, estilos. Pode haver uma determinação para organizar os brinquedos em vez de compartilhá-los e não brincar com os brinquedos de maneiras convencionais; pode preferir brinquedos não específicos de gênero, como Lego, e não buscar aquisições relacionadas à última mania de garotas de sua idade serem “legais” e populares. Pode haver uma aversão ao conceito de feminilidade em usar a última moda ou roupas extravagantes ou com babados. A preferência pode ser por roupas práticas e confortáveis. 

Enquanto os meninos com autismo podem se fixar em fatos, algumas meninas com autismo podem ter um conhecimento enciclopédico de tópicos específicos, pode haver um intenso interesse em ler e escapar para a ficção, desfrutar de um mundo de fantasia, criar um personagem, conversar com amigos imaginários e escrever ficção em uma idade precoce. Outra fuga é para o excitante mundo da natureza, tendo uma compreensão intuitiva dos animais, mas não das pessoas. Animais se tornam amigos leais, em alguns meninos isso também pode acontecer.

Pode haver amizades, mas intensas com uma garota, que pode fornecer orientação para ela em situações sociais, talvez de forma benevolente e em troca, a garota com autismo não está interessada no comportamento mal-intencionado, de seus pares, costuma ser um amigo leal e prestativo.

Infelizmente, às vezes a garota com autismo é vulnerável a predadores de amizade que se aproveitam de sua ingenuidade, imaturidade social e desejo de ter um amigo. Inevitavelmente, haverá momentos em que ela terá que se envolver com outras crianças e poderá preferir brincar com meninos, cujas brincadeiras são mais construtivas do que emocionais e aventureiras, em vez de conversacionais. Por isso, é muito importante o diagnóstico do autismo em mulheres, para buscarem acompanhamento de psicoterapia e desenvolverem habilidades sociais, crítica da realidade, isso evitaria futuros relacionamentos tóxicos e abusivos.

Quando os meninos com autismo cometem um erro social, sua reação pode ser ficar agitado e suas habilidades de brincadeira social desajeitadas, imaturas são bastante visíveis, irritantes para os colegas e adultos. Há um reconhecimento de que essa criança precisa de avaliação e intervenção. As meninas são mais propensas a se desculpar e apaziguar quando cometem um erro social. Os colegas e adultos podem então perdoar e esquecer, mas sem perceber que um padrão está surgindo.

No entanto, a menina com autismo está cada vez mais reconhecendo sua confusão social, suas dificuldades e aumentando seu sofrimento psíquico. Ela pode reagir tentando não ser notada em um grupo, para que outros não fiquem cientes de sua confusão social, preferindo estar na periferia das situações sociais. No entanto, meninas com autismo podem ser observadoras ávidas do comportamento humano e tentam decifrar o que devem fazer ou dizer. Outra estratégia para ter problemas com o raciocínio social é ser bem-comportada e complacente na escola para não ser percebida ou reconhecida como uma pessoa diferente. Uma menina com autismo pode sofrer confusão social em silêncio e isolamento na sala de aula ou playground, mas ela pode ser uma personagem diferente em casa, a “máscara da camuflagem” é removida, o comportamento pode ser agressivo e ou passiva para controlar sua família e as experiências sociais.

Quando no ingresso da puberdade e na adolescência o comportamento e a saúde mental podem ficar cada vez pior, os estados de depressão e ansiedade aparecem com mais intensidade, e se não tratados ficará cada vez mais difícil perceber o fenótipo do autismo, mas o destaque ficará por conta das patologias psiquiátricas instaladas. De qualquer modo, a prioridade é a saúde mental, tratar a depressão e ansiedade, com acompanhamento com psiquiatra e psicoterapia, para estabilizar o sofrimento psíquico, o comportamento e socialização.

Outra característica das meninas, adolescentes e mulheres com autismo é usar imitação ou imaginação. As meninas podem identificar alguém que é socialmente bem-sucedido e popular, seja entre seus colegas ou um personagem de uma novela de televisão e adotar a persona dessa pessoa ao imitar padrões de fala, frases, linguagem corporal e até roupas e interesses usando um script social. Ela se torna outra pessoa, alguém que seria aceito e não reconhecido como diferente; aprende como agir em situações específicas, mas é uma performance artificial. Com o passar do tempo isso levará a sérios problemas emocionais, como baixa autoestima, insegurança e problemas psiquiátricos.

Algumas meninas podem não buscar interação social, mas escapar para a imaginação. Se você não tiver sucesso com seus colegas, pode tentar encontrar um mundo alternativo onde seja valorizado e apreciado. A garota pode se identificar com um personagem fictício como Harry Potter, que enfrenta adversidades, mas tem poderes especiais e amigos. Se ela se sentir sozinha, amigos imaginários podem fornecer companhia, apoio e conforto. Pode haver um interesse em civilizações antigas para encontrar um mundo antigo perfeito e acolhedor, ou desejar morar em outro país, onde seria aceito, ou até mesmo outro planeta com interesse em ficção científica ou especial e intenso interesse nos mundos de fantasia tradicionais de bruxas, fadas e mitologia. Muitas crianças típicas ocasionalmente gostam de escapar para a imaginação, mas é bem diferente das meninas com autismo que utilizam deste artificio como mecanismos de fuga da realidade. Contudo, estas fugas levam a menina, jovem ou mulher autista para um grave isolamento social, infantilização da personalidade, pensamentos mágicos e adoecimento psíquico.

Embora esses mecanismos de script social e camuflagem possam mascarar as características do autismo, há um custo psicológico que só pode se tornar aparente na adolescência. Observar e analisar o comportamento social e tentar não cometer um erro social são emocionalmente desgastantes. Adotar uma persona alternativa pode levar a problemas graves de identidade e baixa autoestima em relação a quem você é realmente. Ambas as estratégias de enfrentamento e camuflagem podem contribuir para um quadro de depressão e ansiedade em uma fase adulta.

Meninas, adolescentes e mulheres com autismo podem passar muitos anos procurando uma explicação do porquê são diferentes, questionando se são estranhas, esquisitas, defeituosas ou loucas e qual o motivo de sentirem-se tão deprimidas, ansiosas desadaptadas e infelizes.

Pessoas com autismo são propensas a ansiedade excessiva, especialmente ansiedade de desempenho em situações sociais. Isso pode contribuir para uma inibição para falar socialmente num grupo. Uma jovem com autismo pode desenvolver rotinas e rituais em torno da comida e ou um interesse especial por calorias e nutrição que, sob o estresse crescente associado à adolescência, se transforma em sinais de Anorexia Nervosa.

Outra dificuldade, que pode aparecer na infância e puberdade nas meninas, é não se interessar por moda e feminilidade, maquiagem e perfumes, além de valorizar a lógica do cérebro masculino, pode levar a preocupações em relação à sexualidade e identidade de gênero.

Meninas e adolescentes com autismo podem apresentar as seguintes características:

  • Maturidade social atrasada e raciocínio social.
  • Dificuldade em fazer amigos e muitas vezes provocada por outras crianças.
  • Dificuldade de comunicação e controle das emoções.
  • Habilidades incomuns de linguagem que incluem vocabulário e sintaxe avançados, mas habilidades de conversação atrasadas, prosódia incomum e tendência a ser pedante.
  • Fascínio por um tópico incomum em intensidade ou foco.
  • Um perfil incomum de habilidades de aprendizagem.
  • A necessidade de ajuda com algumas habilidades organizacionais e de autoajuda.
  • Desajeitamento em termos de marcha e coordenação.
  • Sensibilidade a sons, aromas, texturas ou toque específicos.

Aspectos do Diagnóstico:

Alguns jovens e adultos encaminhados para uma avaliação diagnóstica podem ter os sinais de autismo, mas não o comprometimento clinicamente significativo no funcionamento necessário para um diagnóstico de TEA, ou terem fatores psiquiátricos e ou neurológicos sem tratamentos que precisam ser cuidados inicialmente, outros casos podem ter indicadores do fenótipo comportamental suficientes para confirmação de autismo.

Lembrando:

Não existem dois casos iguais de autismo.

Testes de internet não tem validade para diagnóstico de autismo.

As vantagens de um diagnóstico de autismo em jovens e adultos (mulheres ou homens) podem ser:

  • Buscar os tratamentos terapêuticos corretos com especialistas em autismo: psiquiatra, neurologista, psicólogo e terapia ocupacional.
  • Reconhecimento e garantias dos direitos das pessoas com autismo.
  • Ser reconhecido como tendo dificuldades genuínas em lidar com experiências que os outros consideram fáceis e agradáveis.
  • Construção do projeto de futuro.
  • Sentimento de alívio em ser reconhecido na neurodiversidade humana.
  • Senso de identidade e segurança.
  • Mudança positiva nas expectativas, aceitação e apoio das outras pessoas.
  • Mais elogios do que críticas em relação à competência social.
  • Aprendizagem e consciência para lidar com suas dificuldades, potencialidades, competências e habilidades.
  • Reconhecimento de confusão e exaustão em situações sociais.
  • As escolas podem compreender o que está acontecendo, acessar recursos garantidos na lei para atendimento do TEA, ajudar o estudante e os professores com suportes adequados.
  • No trabalho poderá ser compreendido nas relações sociais e performance profissional.
  • Ter acesso a serviços de apoio especializados para saúde mental, emprego e educação superior.
  • Maior autocompreensão, autorrepresentação e tomadas de decisão assertivas em relação a carreiras, amizades, relacionamentos sociais e afetivos.
  • A pessoa não se sente mais estranha, esquisita, defeituosa ou louca.

Assista o vídeo: A IMPORTANCIA DO DIAGNÓSTICO DE AUTISMO NA VIDA ADULTA

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Marina S. R. Almeida

Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar

Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista

Licenciada no E-Psi pelo Conselho Federal de Psicologia para atendimento de Psicoterapia on-line

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14 respostas

  1. Queremos agradecer pelo texto!
    Tenho uma menina de 15 anos que vem enfrentando, mais perceptivelmente desde os 13, uma falta de adaptação social com muito sofrimento: amizades abusivas, medo da escola, crises de pânico, agorafobia…
    Estamos terminando um processo de diagnóstico, mas nada foi tão intenso e divertido como seu texto! Descreveu a Sofia em 90%!!! Lemos juntas e rimos muito das similaridades!
    Também “me achei” em muitos aspectos, mas com 49 anos já estou cheia de feridas e transtornos… O que importa é que minha menina está com uma vida pela frente! Muitas descobertas estão por vir e uma vida com mais alegrias a espera!

    1. Boa tarde! Gabriela
      Muito obrigada pelo seus elogios e comentários.
      Eu realizo diagnóstic de autismo em adultos online, se desejar investigar entre em contato comigo pelo WhatsApp (13)991773793.
      Um abraço carinhoso!!!
      Att.
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  2. Me identifiquei em quase 100% no artigo. Tenho 44 anos e sofro de ansiedade. A princípio pensei que eu poderia ser dislexa, o que nāo descarto, mas tenho buscado artigos sobre espectro do autismo em meninas e esse em particular foi como um espelho para mim. Obrigada, me ajudou muito!

    1. Bom dia, Cristiane
      Muito Obrigada pelo seu comentário e elogio!
      Sou especialista em Transtorno do Espectro Autista. Realizo psicoterapia online ou presencial para pessoas típicas e neurodiversas.
      Realizo avaliação neuropsicológica online e presencial para diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista em Adultos e TDAH.
      Agende uma consulta no WhatsApp (13) 991773793.
      Um abraço carinhoso e inclusivo.
      Att.
      Marina S. R. Almeida
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  3. Boa noite, também tenho uma filha com 15 anos, estamos na fase do diagnóstico, tem sido mais difícil depois que fez 12 anos, as vezes é uma luta que luto sozinha, enquanto os outros acham que ela é só mimada, ela demonstra sinais claro de sofrimento, e espero que após o diagnóstico as coisas melhorem pra nós…

    1. Bom dia, Maria
      Desejo sucesso na investigação de TEA e posteriormente dar seguimento aos tratamentos necessários para sua filha.
      Um abraço carinhoso e inclusivo.
      Att.
      Marina S. R. Almeida
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  4. O texto foi bem esclarecedor, vejo ela nas características, e de certa forma também me reconheço nelas, há pelo menos 23 anos sofro de depressão, finalmente acho a possível causa…

    1. Bom dia, Maria
      Muito Obrigada pelo seu comentário e elogio!
      Sou especialista em Transtorno do Espectro Autista. Realizo psicoterapia online ou presencial para pessoas típicas e neurodiversas.
      Realizo avaliação neuropsicológica online e presencial para diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista em Adultos e TDAH.
      Maiores informações e agendamento da consulta somente pelo meu WhatsApp (13) 991773793.
      Um abraço carinhoso e inclusivo.
      Att.
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  5. Muito obrigada pelo texto! Minha vida descrita. Estou passando por diagnóstico formal, mas durante a terapia, minha psicóloga percebeu algo diferente desde o começo. Fui tratada para vários distúrbios. Contudo, ainda estamos caminhando. Acredito que, de tudo que foi diagnosticado, a depressão é uma certeza, porque vivo há muitos anos com ela, a ponto de não compreender como outros autistas conseguem seguir uma carreira, por exemplo. Eu, com 37 anos, duas faculdades, duas especializações, tive oportunidades em grandes empresas e no setor público, inclusive, cargos de chefia, mas nunca aguentei ficar por mais de um ano. Tinha crises em que eu quebrava tudo, acabava me machucando, tinha vários episódios de burnout. No cargo que falei, de diretora em um departamento público, tive crises durante o ano passado todo, tive reações explosivas com servidores, enlouquecia com a falta de lógica do setor, cheguei ao burnout, fiquei sem falar por 3 meses, enfim, ainda estou tentando me recuperar, depois de 6 meses que saí do emprego. Todo trabalho e estudo que tentei, terminei muito mal, prejudiquei-me profissionalmente, emocionalmente. Afetei família, separei-me, hoje vejo meu namorado com depressão, depois de alguns anos comigo. Enfim, uma situação para a qual não vejo mais saída. Sinto que passou muito tempo sem tratamento, sem conseguir lidar com a rotina básica da vida (o que me leva a crises também, porque preciso que meu lar seja organizado), tomando remédios errados, sabe? Espero que eu esteja equivocada quanto a uma saída para que eu tenha melhor qualidade de vida. Estou muito cansada. Muito mesmo. Por isso, valorizo muito a questão do diagnóstico, o serviço que vocês prestam à sociedade e a importância dessa crescente discussão sobre o autismo em adultos e em meninas/mulheres. Um abraço de uma camaleoa, desde sempre.

    1. Bom Dia! Caroline
      Fico feliz em tê-la ajudado.
      Desejo muito sucesso para você!!
      Muito obrigada pelo seu comentário.
      Um abraço carinhoso e inclusivo.
      Att.
      Marina S. R. Almeida
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  6. Pq é tão difícil um diagnóstico precoce pra meninas?
    Minha filha tem 6 anos hj, desde os 2 eu levo ela a médicos, sou mãe solo e não tenho condições financeiras de pagar especialistas então tudo pelo sus, primeiro eu queria saber pq minha filha tinha 2 anos e não pronunciava um palavra, ficava o tempo todo girando, todos os brinquedos ela separa por cor, inclusive lápis de colorir, levei no médico me falaram pra ter calma que toda criança tinha seu tempo, minha filha completou 3 anos e ainda não falava tudo era com gestos, apontava quando queria algo. Brincadeira com ela era sempre do mesmo jeito as bonecas em filas, as pecinhas em filas, e se tentasse brincar de outra forma ela se jogava no chão e chova sem parar. Comecei receber aviso da escola que Maria não respondia quando chamava, que sempre ia pra o mesmo lugar na hora do intervalo, levei novamente pra o médico dessa vez consegui uma consulta com neuropediatra, de primeira ele já me falou que ela tinha um gral de autismo de moderado a leve ou um déficit grave de atenção. Me encaminhou para vários especialistas, como fono, psicóloga, oftalmologista, A fono foi uma luz pra Maria a essa altura ela já tinha 4 anos começando a falar as primeiras palavras, hj ela tem 6 fala, mas não consegui narrar com precisão algo que aconteceu com ela na escola por exemplo, não entende uma frase se eu não falar pausando, falo Maria feche a porta e apague a lâmpada, ela simplesmente vai depois volta e pergunta o que era pra fazer, sim o neuro na época parou de atender no município que moro, veio o período pandêmico e Maria passou esses 2 anos sem acompanhamento hj ela faz uma psicóloga 1 vês por semana.
    Tô tentando uma consulta com o outro neuro, mas por diversas vezes tive que ouvir que minha filha não tem nada é frescura, muito mimada. Ela tmb tem miopia e astigmatismo então no início as professoras atribuíam a isso o atraso escolar dela, hj em dia atribuem a pandemia. Esses dias fui chamada na escola pq ela tinha batido na parede e cortou a testa a professora falou que foi pq ela tava sem óculos inclusive me perguntou se eu queria que ela marcasse um teste do ouvidinho pra ela, pq tinha gritado o nome dela umas três vezes e lá não ouviu. Gente é uma parede!!!
    Isso acontece o tempo todo em casa ela bate em tudo, derruba tudo. Eu só queria saber o que ela tem, pra poder ajudar de forma correta. Poder responder a professoras como essa, que são totalmente despreparadas pra lidar com situações assim.

    1. Boa tarde! Adrielle
      Apenas profissionais especializados e experientes no autismo conseguem fazer diagnóstico correto em meninas e mulheres com TEA, no Brasil isso ainda é raro.Existem poucos profissionais especializados em autismo em meninas e mulheres. Infelizmente eu não realizo atendimento online de crianças e adolescentes, apenas de adultos maiores de 18 anos para psicoterapia online e Avaliação Neurospicológica para TEA e TDAH online.
      Recomendo que procure um Centro de Referência de Autismo em sua cidade ou nas proximidades.
      Muito obrigada pelos seus gentis comentários.
      Um abraço carinhoso e inclusivo.
      Att.
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  7. Me identifiquei totalmente. Venho há anos tentando entender por que sou assim. O diagnóstico que tenho é de TAG E TAS. Depois que consegui o diagnóstico de TEA do meu filho, tenho buscado ajuda profissional para o meu diagnóstico.

    1. Bom dia! Rafaela
      Entre em contato comigo pelo WhatsApp 13991773793 que minha secretária enviará todas as informações sobre Avaliação Neuropsicológica on-line para Transtorno do Espectro Autista em Adultos.
      Um abraço carinhoso e inclusivo.
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