CRIANÇAS HIPERLÉXICAS OU LEITURA PRECOCE

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HIPERLEXIA – esta é a palavra que define uma síndrome, ou seja, um conjunto de sintomas, presente em crianças que mostram certo retardo em determinadas áreas do seu desenvolvimento.

As crianças com hiperlexia apresentam fraca compreensão da leitura, o pensamento é literal/concreto, portanto, apresentam dificuldades no pensamento abstrato e linguagem funcional, geralmente falam palavras soltas.

A hiperlexia, por vezes, surge associada a casos de transtorno do espetro do autismo – TEA, alterações específicas da linguagem, ao transtorno de déficit de atenção – TDAH ou pode surgir como uma aprendizagem de leitura precoce, associado a Altas Habilidades e Superdotação.

Contudo, há necessidade urgente de que os pais levem a criança para realizarem uma avaliação com neurologista infantil e avaliação com neuropsicólogo especializado em autismo e altas habilidades/superdotação e fonoaudióloga, para realizar o diagnóstico correto e buscar as devidas intervenções terapêuticas.

Atualmente existem ainda dificuldades no diagnóstico da hiperlexia, pela falta de conhecimento dos profissionais, ou se a hiperlexia pode pertencer ao transtorno do espectro autista, ser transitória e ou ser indicador de altas habilidades ou um desenvolvimento da criança diferente ou um pouco acima da média.

Por vezes, acontecem situações em que crianças que são diagnosticadas tardiamente com hiperlexia e que parecem já não pertencer ao quadro de autismo, mas podendo ainda manter alguns comportamentos antissociais, levando a prejuízos em seu desenvolvimento.

Também encontramos os casos em que os pais, ficam encantados que a criança está aprendendo a ler, é o gênio precoce da família, começam a estimular cada vez mais a criança com livros, letras, números; porém a criança vai perdendo as condições de desenvolvimento da inteligência emocional, se afasta das crianças de sua idade, se transforma em uma criança racional, não sabe lidar com afetos, se torna egocentrada e antissocial. Por consequência tais atitudes, levarão a criança a apresentar posteriormente sérios prejuízos emocionais, no desenvolvimento psíquico e na socialização.

Em alguns casos a hiperlexia é transitória, após a criança receber o diagnóstico e o tratamento adequado, com fonoaudiológico e de psicoterapia infantil, estas crianças avançam no desenvolvimento, à medida que as capacidades de compreensão, de expressão da linguagem melhoram e as dificuldades de socialização desaparecem.

Portanto, não é algo simples como pensar que o filho é super inteligente e ou gênio precoce, somente profissionais qualificados podem realizar este diagnóstico e indicar o melhor tratamento.

Temos três tipos de Hiperlexia

Hiperlexia Tipo I

As crianças com hiperlexia do tipo I, ou hiperlexia transitória, são crianças neurotípicas que leem precocemente. Na realidade, este padrão refere-se ao início de uma forma de memorização (decoram), em seguida apresentam uma verdadeira leitura de palavras.

Assim, as crianças que apresentam este tipo de hiperlexia começam a ler entre os 2 aos 4 anos, não apresentando comportamentos associados ao transtorno do espetro do autismo, não há dificuldades do uso da linguagem funcional e não há problemas de socialização, sendo esta capacidade interpretada apenas como uma facilidade, pelo que não necessitam de nenhum tratamento.

Hiperlexia Tipo II

A hiperlexia do tipo II surge como um sintoma associado ao espetro do autismo; estas crianças leem de forma voraz e memorizam facilmente o que leem. Normalmente, a hiperlexia também está associada a outras facilidades como a facilidade para fazer cálculos, memorizar datas, reconhecer símbolos e imagens.

Nestes casos a intervenção terapêutica é crucial e foca-se nas principais dificuldades apresentadas por crianças com autismo, necessitando de atendimento com equipe multidisciplinar.

Hiperlexia Tipo III

As crianças com hiperlexia do tipo III apresentam caraterísticas semelhantes ao espetro do autismo (autistic-like), contudo, estas caraterísticas desaparecem à medida que a criança cresce ou pode ser levantada a possibilidade de altas habilidades.

A principal diferença entre as crianças com perturbação do espetro do autismo e as crianças com hiperlexia do tipo III consiste no fato de estas manterem relação de reciprocidade com os seus familiares próximos, contudo com os seus pares apresentam dificuldades de socialização. Apresentam capacidades muito boas em várias áreas, sendo as capacidades de leitura e de memória aquelas que estão melhor desenvolvidas.

Enfim, a intervenção terapêutica adequada dependente do tipo de hiperlexia que a criança apresenta.

Estratégias para pais e professores

É importante tanto para crianças neurotípicas quanto para a criança hiperléxica que sejam expostas a relação com outras crianças em diferentes condições para que possam experienciar diferentes formas de comunicação.

Por outro lado, os professores devem estar preparados para usar, de forma criativa, a capacidade de lidar com as palavras e números, a melhor saída é criar um projeto com a classe e utilizar um plano de ensino individualizado.

Além disto é também crucial que os pais professores estimulem a linguagem funcional, os relacionamentos sociais e inteligência emocional.

A síndrome da hiperlexia é constituída por três características básicas:

  • Capacidade precoce para a leitura;
  • Dificuldade no processamento da linguagem oral;
  • Comportamento social atípico.

LEITURA PRECOCE

  • Não é raro que as crianças hiperléxicas leiam as palavras de cabeça para baixo, ou em qualquer posição.
  • Geralmente é entre os 18 e os 24 meses que as crianças hiperléxicas demonstram capacidade para identificar letras e números.
  • Por volta dos três anos, começam a ver as letras reunidas, formando palavras não importando em que contexto apareçam, nem que aspecto tenham; datilografadas ou manuscritas, maiúsculas ou minúsculas, a criança reconhece.
  • É bem provável que, ainda sem ter desenvolvido a capacidade de falar, sem dominar a linguagem oral usada por outras crianças da mesma idade, ela já esteja lendo palavras e frases.
  •  Isso não é ensinado.
  • A capacidade de ler, simplesmente aparece e fica.
  • Do reconhecimento da palavra escrita, a criança, sem prévia instrução fonética, evolui para se interessar pelas sílabas que a compõem.
  • Ela aprende a decifrar, a decodificar palavras.
  •  Algumas crianças atingem alto nível visual, instantâneo, e raramente erram a pronúncia, mesmo de palavras difíceis. Outras crianças continuam a reconhecer as palavras pela forma, ou usam uma combinação de decifração fonética e reconhecimento visual.
  • Geralmente, se uma criança começa a ler, sem receber lições, antes dos cinco anos, isto é considerado leitura precoce e pode significar hiperlexia.
  • Nem todas as crianças hiperléxicas têm igual capacidade de ler, algumas lêem aos dois anos outras só aos quatro. A compreensão também varia, mas todas reconhecem as palavras em nível muito superior ao que se poderia esperar de um pré-escolar.

DIFICULDADES COM A LINGUAGEM ORAL

  • Para uma criança hiperléxica o nível do reconhecimento de palavras isoladas é um, e outro é o nível de compreensão de palavras agrupadas, formando conceitos.

CONDUTA SOCIAL ATÍPICA

  • Enquanto outras crianças estão começando a falar e descobrindo na linguagem um meio de comunicação com seus pares, as hiperléxicas estão por fora !
  • Elas não têm interesse social no mesmo nível que pode ser notado em outras crianças, se colocadas em ambiente social, demonstram não possuir as qualidades requeridas para interação em grupo.

LEITURA COMPULSIVA

  • As crianças hiperléxicas lêem tudo que seus olhos encontram em forma de letra.
  • Pode ser difícil conseguir que fiquem sentadas por algum tempo, lendo histórias infantis, mas lerão qualquer outra coisa que lhes apareça.
  • Elas, simplesmente, não podem evitar isso, pois os estímulos visuais são muito do seu agrado, principalmente sob a forma de letra.

CONDUTA INFLEXÍVEL

  • Uma criança pode ser muito geniosa sem que isso nada tenha a ver com a hiperlexia, mas o que se ressalta é que, nas crianças hiperléxicas, o “mau gênio” é ainda mais forte e as explosões podem ser bem mais duradouras.
  • As situações constrangedoras podem ocorrer por conta da inflexibilidade, típica das crianças hiperléxicas, que se julgam com o direito ao comando das decisões, mas também pode ter raízes na circunstância de aquelas crianças não entenderem os fatos correntes, nem saberem o que se esperam que elas façam.
  • É a limitação da sua linguagem que determina a sua conduta.
  • Desde que não entendem o que dizem as pessoas, procuram assumir o controle da situação. A reação que tem contra a confusão, a frustração e a insegurança – que sentem, sem poder exprimir – é comportarem-se de um modo que abala a estabilidade de todos !

APEGO À ROTINA

  • Para as crianças hiperléxicas, qualquer mudança é algo muito difícil. Quando for necessário introduzir alguma modificação na rotina, é importante preparar-se a criança para isso.

DESLIGAMENTO DA REALIDADE

  • A criança hiperléxica parece pensar que vivem num mundo somente seu. Não merecem confiança para sair com um grupo numa excursão, por exemplo, nem podem ser deixadas na rua, sem vigilância, mesmo perto de casa.

PEQUENA CAPACIDADE DE ATENÇÃO

  • A capacidade de atenção das crianças é pequena, e menor ainda nas hiperléxicas.
  • Em certos casos, manter concentrada em um determinado assunto, por mais de alguns instantes, a atenção de uma dessas crianças, é um desafio realmente sério para seus pais e professores.
  •  Com freqüência, a criança desvia a atenção para outro objeto, deixando de lado as tarefas que lhe são propostas, uma após a outra. Por outro lado, se o assunto for de sua própria escolha, algumas crianças hiperléxicas serão capazes de lhe dedicar atenção por longo tempo. É o que acontece, por exemplo, quando assistem a programas de televisão ou a gravações em vídeo, e isto ocorre do constante estímulo visual que recebem.
  •  Há outros procedimentos que também são comuns em crianças hiperléxicas: atitudes de auto-estímulo, tais como, agitar as mãos, bater a cabeça, torcer coisas; sensação geral de ansiedade inexplicada; temor específico a alguma coisa fora do comum; sensibilidade a barulho, freqüentes acessos temperamentais.
  •  Muitas crianças apresentam esses sintomas, entre os 2 e 3 anos, e parecem ser autistas.
  • Entretanto, melhorando a linguagem (compreensão e expressão), a conduta autista diminui ou desaparece.
  • Deve ser lembrado que a hiperlexia é um distúrbio de linguagem, não um distúrbio de conduta.
  • A medida que pais, professores e terapeutas desenvolvam estratégias para melhorar a linguagem e ajudar a criança a entender o que se passa em torno de si, ou o que se espera de si, ela fica menos ansiosa, mais flexível, mais interativa.
  •  Os pais da criança e qualquer adulto que tenha contato regular com a mesma, devem lembrar-se sempre deste princípio: O desenvolvimento da linguagem é a chave para destrancar uma criança hiperléxica.

PRIORIDADES

  • Uma sugestão-chave para pais ou atendentes cansados é o lema: selecione suas lutas. Isso não quer dizer que seja melhor, no interesse da família, deixar a criança hiperléxica fazer tudo o que quiser. Significa, sim, que nem tudo o que parece inaceitável, segundo os seus padrões, é realmente tão importante um conceito.
  • Economize suas energias para quando for importante que ele aprenda a respeitar as regras.

ESTRATÉGIAS

  • Devemos refletir bem sobre o que ensinar e como ensinar a uma criança hiperléxica. Encontrar o vínculo criativo entre brincar e aprender é um desafio diário.
  • Como os interesses mudam e as necessidades cognitivas também, você tem que estar sempre à procura de novos meios de ligação.

LIMITES

  • Respeite, porém, os limites, e não exija da criança mais do que ela pode dar.
  • Gradualmente, tente esticar o período de tempo em que a criança esta se envolvendo com o mundo à sua volta, mas aceite a retirada, quando ela precisar de uma trégua.

 INTELIGÊNCIA

  • A inteligência não é prejudicada pela hiperlexia.
  • O teste adequado geralmente mostra que as crianças têm, no mínimo, uma inteligência normal.

CAPACIDADE DE APRENDIZAGEM

  • Embora por métodos não usuais, os hiperléxicos aprendem, e isto é importante ter-se em mente. É necessário conhecer-se a sua maneira singular de aprender, e então usá-la para lhes transmitir os conceitos que eles não aprenderem pelos métodos comuns.
  • As crianças hiperléxicas captam rapidamente novas idéias, se os conceitos lhes forem apresentados na forma apropriada, ou seja, adaptada às suas condições psicológicas e à sua maneira de entender.
  • Você poderá ter que usar métodos não ortodoxos, mas as crianças aprenderão.
  • É preciso também, levar em conta, ao máximo, os interesses da criança. Por exemplo, se ela reage bem a anúncios comerciais musicados, ponha as tarefas da escola na música desses anúncios. Se gosta de dinossauros, ponha dinossauros nos seus exemplos.
  • Em lugar de insistir para que a criança se adapte aos padrões normais de ensino, observe como é que ela aprende e use esse método, quando lhe for ensinar algo de novo.

LEITURA

  • A fenomenal capacidade precoce de leitura é extremamente favorável à criança hiperléxica.
  • Uma ótima estratégia para liberar sua linguagem será usar a leitura como instrumento, não só para desenvolver qualquer aprendizagem, como para disciplinar a conduta.
  •  A palavra escrita é concreta.
  • Enquanto a palavra falada voa, antes que a criança possa perceber o seu significado, a palavra escrita permanece num só lugar e permite que a criança olhe por quanto tempo seja necessário até descobrir o que ela expressa.

O ESTILO DE APRENDIZAGEM DO HIPERLÉXICO

  • As crianças hiperléxicas são as pessoas de hábitos mais conservadores que podem existir.
  • Gostam das coisas sempre da mesma forma.
  • Eles procuram sempre – e conseguem padronizar as situações: o caminho para o mercadinho tem que ser apenas um, a seqüência da história na hora de dormir deve ser sempre a mesma, o programa da televisão não deve mudar, como também não pode variar o número de casas em que o ônibus escolar deverá parar.
  • Assim como a linguagem deles é feita em blocos que não se partem , a conduta tende a seguir o mesmo princípio.
  • A criança hiperléxica prefere a segurança do que lhe é familiar; isto pode levá-la a opor resistência à professora quando lhe parecer que ela pretende mudar seu comportamento.
  •  Linguagem de conduta são temas que precisam ser tratados de maneira muito específica.
  • É importante entender-se que as crianças hiperléxicas não captam muito da altura ambiental, como outras crianças, mas, se receberem demonstrações com modelos visuais, contarão com a vantagem da sua poderosa memória.

LINGUAGEM E CONDUTA

Professores e terapeutas de crianças com sintomas de hiperlexia confirmam que a melhora da linguagem faz a melhora da conduta. Mas como pular a barreira da linguagem para chegar à conduta?

Faça a criança sentir-se segura. A criança ameaçada ou assustada agirá por reflexos, não por pensamento consciente.

Um afago, então, pode ser mais eficaz do que uma reprimenda, para afastar uma explosão temperamental. Evite palavreados e procure descobrir porque está insegura a criança. Às vezes a insegurança decorre apenas de um encontro da criança com algo diferente, fora da rotina. A criança hiperléxica deve ser preparada para mudanças físicas ou novas experiências, antes que elas ocorram.

Outras vezes, mais freqüentes, você terá que agir diretamente sobre as condições ambientais. Você poderá precisar retirar a criança do ambiente estressante (um recinto barulhento ou superlotado), ou, simplesmente, remover daquele recinto o que estiver perturbando. Quando a criança lhe parecer calma e segura, então poderá ser viável dar-lhe uma explicação.

APRENDIZAGEM CONCRETA E SIMBÓLICA

As crianças hiperléxicas fixam-se no simbólico desde o início. Elas aprendem a ler antes de saberem falar. Com os bloquinhos de construção, em vez de erguerem torres, formam letras. Se olham para o suporte da mesa, vêem um H. Essas crianças precisam ser conduzidas à fase mais elementar dos jogos, para pegar experiência concreta, que geralmente pulam. Não tendo descoberto a relação causa efeito, por exemplo, através de jogos, elas precisam que lhes seja mostrado, visual e intencionalmente, que uma coisa traz a outra. Que elas voltem a subir em árvores, a fazer coisas simples. Que não se fixem no simbólico, deixando de lado a formação de aptidões concretas.

Ajude a criança a dominar as aptidões que envolvem tocar e sentir o mundo real. Enquanto outras crianças podem descobrir conceitos por si mesmas, através de jogos, a criança hiperléxica precisa de demonstrações concretas. Se uma criança puder processar os estímulos que recebe do mundo físico ao seu redor, sua ansiedade diminuirá e a verdadeira aprendizagem começar. Então o problema do desenvolvimento da linguagem poderá, realmente, ser enfrentado.

ENSINANDO AO HIPERLÉXICO

As crianças hiperléxicas têm processos incomuns de aprendizagem, não há dúvida. A compreensão desses processos nos dará apoio para encontrarmos a maneira efetiva de transmitir, àquelas crianças, conhecimentos de linguagem e conceitos abstratos.

Atuar sobre os hiperléxicos com a força da própria hiperlexia será a melhor maneira de ajudá-los a descobrir a linguagem e o prazer de usá-la. Você terá que deixar de lado tudo o que já souber a respeito de como aprendem a linguagem as crianças em geral, e fixar-se em como aprende a sua criança; este é o que será o seu ponto de partida.

Pais e terapeutas já descobriram muitas maneiras, criativas e eficazes, para vencer as barreiras que se opõem ao desenvolvimento da linguagem.

A estratégia se processa em três fases:

  1. Forme a sua compreensão do estilo de aprendizagem do hiperléxico;
  2. Ouça e observe-a para sentir que falhas há no desenvolvimento de sua linguagem;
  3. Crie atividades, concretas, e específicas, que utilize o estilo pessoal da criança;

O LUGAR DA CRIANÇA HIPERLÉXICA

Dois grandes benefícios derivam do inter-relacionamento de crianças normais com hiperléxicas: estimula-se o uso da linguagem oral e desenvolve-se a capacidade de interações. A criança com aptidão normal de linguagem é, para a criança hiperléxica, um modelo constante de tagarelice. Embora estejam em campo diferentes padrões de linguagem, a criança hiperléxica presencia os irmãos e os amiguinhos usando uma linguagem funcional. Mesmo quando em desacordo, zangados, gritando a plenos pulmões, estarão falando, estarão usando linguagem verbal.

O contato com outras crianças levará a hiperléxica a perceber o uso prático da linguagem; como um meio de comunicação. Haverá, então, muitas oportunidades para que os adultos a estimulem a usar suas próprias palavras, ao desejarem pedir algo, ou dizer o que sentem em determinado momento.

Mesmo sem entender em detalhes as características da hiperlexia, as outras crianças, pelo convívio diário, acabam sabendo o que podem esperar da criança hiperléxica, e acham meios para se relacionarem com a mesma. Há impactos, pelo caminho, mas no seio da família ou entre bons amigos geralmente o equilíbrio se restaura.

Um membro hiperléxico não corta laços de família, não desfaz amizades, não dispensa o sentimento de solidariedade entre as pessoas.

COLOCAÇÃO NA ESCOLA

As professoras precisam fazer alguns ajustes no currículo escolar, para a criança hiperléxica. Algumas são mais prestimosas do que outras, para essa tarefa que requer atenção especial quanto a alguns pontos, como: lotação da sala de aula, intensidade no programa de desenvolvimento da linguagem, flexibilidade do programa de modo geral.

Idealmente a sala de aula não será grande, mas também não deve ser muito pequena. É importante que a criança hiperléxica tenha coleguinhas em número significativo, para que possa aprender a ser parte de um grupo e observar a interação social de outras crianças; se a classe for muito numerosa a criança hiperléxica poderá se sentir sobrepujada e expressar esse sentimento através de conduta desagradável. Ademais, em classe numerosa, professora e auxiliares disporão de pouco tempo para fazer o que for necessidade exclusiva da sua criança, com ter que escrever tudo que bastaria ser dito oralmente.

O programa deve ter fortes elementos para desenvolver a emissão e a recepção da linguagem. Professores e auxiliares deverão valer-se da aptidão de ler das crianças, para desenvolver a compreensão e a utilização da linguagem. Esteja atenta para perceber sinais de que a criança está recebendo da professora maneiras criativas de encorajar as crianças a usar palavras em variadas colocações. É essencial que a professora seja flexível.

Sugestões têm surgido, para a criação de salas de aula destinadas a hiperléxicos, em razão da sua conduta indócil. Não é uma colocação apropriada, dado que os problemas de conduta da criança hiperléxica estão ligados à linguagem. Talvez um ambiente exclusivo, ou predominante, de hiperléxicos, não proporcionaria facilidades para a abordagem natural do problema, que seria, justamente, proporcionar a convivência de crianças hiperléxicas e crianças não hiperléxicas.

A chave do sucesso encontra-se com freqüência, nas classes comuns ajudadas pelos serviços auxiliares; a criança pode ter assistência de um fonoaudiólogo, um professor especialista em dificuldades de aprendizagem, um professor de reforço ou um assistente social. A professora da classe, trocando idéias com essas pessoas, também receberá ajuda para atravessar as horas difíceis.

  • Linguagem (expressão da): capacidade que tem o indivíduo para expressar suas idéias por meio de palavras.
  • Linguagem (recepção da): capacidade que tem o indivíduo para perceber, auditiva ou visualmente a linguagem expressa por outro indivíduo.

Apesar de o termo “hiperlexia” ter sido cunhado há aproximadamente trinta anos atrás, a maioria das terapias disponíveis para crianças diagnosticadas como hiperléxicas só aconteceram nos últimos dez anos. Não é suficiente o número dessas crianças que atingiram o segundo grau ou a fase adulta para que os terapeutas delineiem o perfil de um típico hiperléxico mais velho.

A maioria das informações sobre a adolescência de adultos hiperléxicos vem dos indivíduos que não foram diagnosticados enquanto crianças, mas que reconheceram as características da síndrome neles próprios quando adultos.

A maioria ainda não está definitivamente identificada como não tendo síndrome de hiperlexia, embora alguns tenham sido diagnosticados como adultos.

A Associação Americana de Hiperlexia pediu a indivíduos com tendências hiperléxicas com idade entre 22 e 42 anos para refletir sobre seus anos de desenvolvimento, sobretudo durante o segundo grau e a faculdade.

Os relatórios indicam um largo espectro de realização na vida adulta. Muitos dos indivíduos que responderam ao questionário já completaram ou estão cursando um nível graduado de educação. Outros, entretanto, lutaram pela graduação no segundo grau.

Alguns desenvolveram carreiras completas em um campo escolhido, enquanto outros têm dificuldade de permanecer empregados. Um homem recentemente diagnosticado escreveu, “Eu tenho 38 anos e não tenho trabalhado por muitos anos e tenho sido um desempregado crônico durante toda a minha vida.”

Desafios acadêmicos:

Enquanto alguns dos hiperléxicos se atrapalham no Ensino Médio protelando e evitando a universidade tanto quanto possível, outros encontraram estratégias efetivas para funcionar em um sistema educacional de orientação: gravando aulas, tomando nota em um computador laptop para memorizar informação. Alguns tiram vantagem de serviços de orientação ou salas de recurso oferecidas pela comunidade escolar ou passam muito mais tempo na biblioteca do que os outros estudantes.

Colocar os potenciais dos hiperléxicos para funcionar também é efetivo. A memória forte associada à hiperlexia é um auxílio muito útil na aprendizagem de informação factual.

Os potenciais de vocabulário ressaltam ao soletrar e nos estudos de línguas estrangeiras. Um dos entrevistados ganhou um troféu em uma competição baseada no vocabulário. No segundo grau ou na faculdade, o surgimento de uma verdadeira “enciclopédia ambulante” em alguns temas é um trunfo, mais do que a esquisitice isto se dá nos hiperléxicos mais jovens. “Porque D. J. está no campo da engenharia,” escreveu uma mãe, “a natureza meticulosa de sua hiperlexia é um trunfo. Quanto mais longe ele vai em sua educação, mais as peculiaridades da personalidade associadas com sua hiperlexia agora são olhados como um desses tipos inteligentes excêntricos associados com o professor distraído.”

A interação na sala de aula foi um desafio para alguns. “Qualquer curso baseado em leitura tradicional e exames era confortável para mim”, escreveu um. “Aqueles com mais participação em classe ou em papéis exigidos traziam mais problemas.” Um outro, universitário, disse, “Quando eu não consigo executar tarefas no modo como eles esperam de um estudante ‘normal’, uma vez que sou inteligente, os educadores supõem que eu esteja tentando aborrecê-los.” Se a graduação do curso é baseada largamente na participação em classe, o estudante hiperléxico terá um momento mais difícil do que em uma turma estruturada em estudo e testes.

Para alguns, ser capaz de estudar algo em que estão genuinamente interessados faz a diferença entre atingir o sucesso e apenas se virar. “A faculdade foi perfeita para mim,” escreveu um músico de 42 anos que estudou o mínimo possível durante o segundo grau. “Eu sobressaí nos estudos de música e consegui praticar piano e compor longos trechos de uma vez. Eu me graduei com sucesso e louvor.”

O mundo social:

Quase todos os hiperléxicos mais velhos fizeram um conjunto de esforços para se adequar socialmente, geralmente juntando-se a equipes de esportes, grupos musicais, conselho de estudantes ou equipes escolares.

Um escolheu encontrar alguns amigos selecionados e concentrar-se nesses indivíduos – basicamente ignorando todos os outros.

Um outro intencionalmente usou os esportes como base para uma conversação ocasional ou para encontrar base comum com os pares.

Ainda, muitos relataram que, como estudantes do segundo grau, eles tinham dificuldade de formar estratégias para arcar com situações sociais.

O processo de avaliação

Normalmente envolve uma entrevista com os pais e observação da criança, usando teste padronizado apropriado. O que segue é uma lista do que um clínico procuraria e implementaria em uma avaliação e identificação da síndrome de hiperlexia em uma criança.

  • Notar um intenso fascínio por letras e números na história da criança;
  • Observar o uso da habilidade de leitura na avaliação usando letras magnéticas, permitindo à criança compor palavras com giz de cera e administrando um teste básico de leitura para crianças que podem ler além do nível de grau um;
  • Testar o conhecimento da letra e número, avaliando a decodificação, ortografia, compreensão, notando discrepâncias e para qual dimensão as discrepâncias são um problema.
  • O clínico faria também modificações no protocolo do teste tal como escrever respostas para uma criança que soletra em um alto nível mas não consegue escrever as letras no mesmo nível.
  • Permitir à criança manipular letras e criar oportunidades para o sucesso fazendo questões de múltipla escolha ou em formato fechado serão também modificações que podem ajudar a criança a mostrar o que sabe;
  • Notar o uso incomum da linguagem tais como citações extraídas de vídeos;
  • Notar desenvolvimento incomum de linguagem como por exemplo: aprender linguagem de música e vídeos, boa memória auditiva, conhecimento receptivo e processamento de linguagem pobres;
  • Avaliar os potenciais de memória visual e conceitualização visual usando um teste padronizado como a Escala Internacional de Performance Leiter e a parte visual da Avaliação de Larga Extensão de Memória e Aprendizagem;
  • Identificar idiossincrasias comportamentais como persistência e resistência à mudança. Identificar quais persistências e obsessões são úteis e explorar modos de reduzir a ansiedade;
  • Avaliar as diferenças sociais, notando o relacionamento com os iguais em contraste com o relacionamento com (e afeição com) os membros da família.
  • O objetivo de uma avaliação é determinar os potenciais e necessidades da criança como um todo. Potenciais podem ser usados para auxiliar a aprendizagem na escola e para ajudar a desenvolver as habilidades recreativas.
  • Pela identificação das áreas fracas, os currículos escolares podem se examinados e técnicas de reforço podem ser implementadas.
  • Também podem-se identificar as áreas fracas que deveriam ser evitadas para reduzir a frustração.

Fontes:

http://criancagenial.blogspot.com.br

Livro “Lendo muito cedo” da autora Susan Martins Miller, Nova Alvorada Editora BH.

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Marina S. R. Almeida

Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar

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13 respostas

  1. Meu filho tem 4 anos e estou muito preocupada ele é muito pra frente, já está lendo algumas palavras e escreve até 100 e não erra um número, ele decora frases de desenhos e repete o tempo todo quando está brincando, descobriu a pouco tempo um canal no yotuber chamado blippi ele repete tudo que o rapaz fala nas explicações do conteúdo dele.
    Ele escreveu o nome blippi na parede e vários numeros quando fui limpar ele me mostrou o nome soletrando e depois falou o nome. Fiquei impressionada
    Outro dia ele pegou o caderno
    E desenhou o pai feliz e triste
    Depois escreveu o nome papai certinho e veio me mostrar. Eu achava que ele tinja sinais de autismo o que não foi confirmado pelo pediatra mais vendo esse arquivo de vcs, estou achando que ele é hiperlexo, estou aguardando a pandemia passar e vou procurar um neuro .

    1. Bom dia!
      Muito Obrigada, pelos seus cometários e fico feliz que o artigo tenha ajudado.
      Sim, muito importante fazer avaliação com neurologista e neuropsicóloga infantil também.
      Att.
      Marina S. R. Almeida
      Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar
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    1. Boa tarde, Maria
      Muito obrigada pelos seus comentários!!!
      Att.
      Marina S. R. Almeida
      Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar
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  2. Olá! Existe algum livro em português sobre o assunto?? Tento achar “Lendo muito cedo” mas não encontro mais. O conteúdo de sites é muito simplificado, aqui foi o lugar com mais informação que encontrei.

    1. Boa tarde! Natalia
      Visite o site da Amazon, tem muito livros sobre hiperlexia:
      https://www.amazon.com.br
      Livro: O cérebro da criança: 12 estratégias revolucionárias para nutrir a mente em desenvolvimento do seu filho e ajudar sua família a prosperar Capa comum – Edição padrão, 1 dezembro 2015

      Muito obrigada pelo seu comentário.
      Att.
      Marina S. R. Almeida
      Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar
      Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista
      CRP 41029-6
      INSTITUTO INCLUSÃO BRASIL
      Whatsapp (13) 991773793 ou (13) 34663504
      Rua Jacob Emmerich, 365 sala 13 – Centro – São Vicente-SP
      CEP 11310-071
      marinaalmeida@institutoinclusaobrasil.com.br
      http://www.institutoinclusaobrasil.com.br
      https://www.facebook.com/InstitutoInclusaoBrasil/
      https://www.facebook.com/marina.almeida.9250

  3. Olá,
    Meu filho tem 4 anos e começou a ler aos 2. Daí para frente começou a desenvolver habilidades que nos obrigaram a procurar um neuro para descartar o TEA. Aos 4 anos a leitura, aprendizado em línguas e música e ainda boa memória fez-nos voltar ao neuro que nos chamou a atenção para a situação mas sem dar diagnóstico. Decidi pesquisar, e seu conteúdo me ajudou finalmente perceber o que meu filho tem. Penso que ele é hiperlexo 1, mas com certeza vamos consultar um profissional para que ele confirme o diagnóstico.

    1. Bom Dia! Adozinda
      Fico feliz em tê-la ajudado.
      Muito obrigada pelo seu comentário.
      Um abraço carinhoso e inclusivo.
      Att.
      Marina S. R. Almeida
      Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar
      Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista
      CRP 41029-6
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  4. Olá!
    Eu aprendi a ler com 3 anos e, na época, início dos anos 90, creio que não havia muita informação sobre o assunto, ainda mais para uma família pobre, então a minha família me criou me chamando de “superdotado” e quase como um animal de circo para vizinhos, etc.

    Nunca tive nenhum diagnóstico e hoje com 31 anos eu ainda não sei o porquê tenho tanta dificuldade em lidar com o mundo. Sou sozinho, tenho depressão profunda há 7 anos, ansiedade generalizada, obesidade mórbida, etc, e não consigo reagir e fazer nenhum tratamento.

    Alguém pode me ajudar me dizendo qual especialista eu deveria procurar para me ajudar, primeiro com algum diagnóstico, depois com algum tratamento? (se é que isso é possível)

    Se alguém puder me enviar um e-mail respondendo eu fico bastante agradecido.

    Meu e-mail é bruno.catanoze@gmail.com

    1. Bom dia! Bruno
      Primeiro você preisa fazer uma avaliação com neurologista e ou psiquiatra e ele deverá solicitar uma avaliação neuropsicológica levantando as hipóses a serem pesquisadas.
      Indico o Dr. Carlos Horta ou Dr. Lucas Fortaleza.
      https://www.psiquiatriaedor.online/
      https://lucasfortaleza.com/

      Indico em São Paulo a Associação Paulista de Altas Habilidades e Superdotação:
      https://pt-br.facebook.com/APAHSD/
      (11) 5092-2759
      Rua Guilherme Asbahr Neto, 510 04646-001 São Paulo, SP
      adm@apahsd.org.br

      Um abraço carinhoso e inclusivo.
      Att.
      Marina S. R. Almeida
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  5. Boa Noite tenho uma bebê de 3 anos e com 2 ela já sabia todos os números, o alfabeto todo, conhecia símbolos, formas e cores, contava com muita facilidade e percebi que ela também estava lendo palavras aleatórias mas não dei muita atenção, ela não diálogo muito só repetia, agora com 3 anos indo para a creche lê muitas palavras, inclusive palavras difíceis, e às pronuncia muito bem e tem uma memória incrível, faz ligações e manda áudio no celular, com estimulo agora está formulando muitas frases. Mas não tem esse hiperfoco na leitura e números, não tem nenhuma outra atitude atípicas, é muito sociável, amorosa e responde a tudo que estimulo, é muito participativa, muito musical ama cantar e dancar também. Oque devo fazer ??? Me oriente por gentileza sou da região metropolitana de São Paulo.

    1. Bom dia! Gislene
      Indico a Associação Brasileira de Altas Habilidades e Superdotação em São Paulo.
      O site é este: https://apahsd.org.br/
      Um abraço carinhoso e inclusivo.
      Att.
      Marina S. R. Almeida
      Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar
      Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista
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      INSTITUTO INCLUSÃO BRASIL
      Whatsapp (13) 991773793 ou (13) 34663504
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      marinaalmeida@institutoinclusaobrasil.com.br
      http://www.institutoinclusaobrasil.com.br
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