BULLYING INTIMIDANDO JOVENS COM DEFICIÊNCIAS E NECESSIDADES ESPECIAIS DE SAÚDE

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Crianças ou jovens com necessidades especiais, como deficiências físicas, de neurodesenvolvimento, intelectuais, emocionais e sensoriais – correm maior risco de sofrer bullying, visto serem considerados vulneráveis.

Vários fatores – vulnerabilidade física, desafios de habilidade social ou ambientes intolerantes – podem aumentar o risco. Algumas pesquisas sugerem que algumas crianças com deficiência podem intimidar outras também.

Crianças com necessidades especiais de saúde, como epilepsia ou alergia alimentar, também podem correr maior risco de sofrer bullying.

O bullying pode incluir tirar sarro, zoar, apelidar as crianças ou jovens por causa de suas alergias ou expô-las a coisas a que são alérgicas. Nestes casos, o bullying não é apenas grave, pode significar correr risco de vida ou morte.

Criando um ambiente seguro para crianças e jovens com deficiência

São necessárias considerações especiais ao abordar o bullying em crianças e jovens com deficiência. Existem recursos para ajudar crianças com deficiência que são intimidadas ou que intimidam outras pessoas.

Jovens com deficiência geralmente deveriam ter Programas de Ensino Individualizado – PEI que podem ser úteis na elaboração de abordagens especializadas para prevenir e responder ao bullying.

Esses planos podem fornecer serviços adicionais que podem ser necessários. Além disso, temos leis de direitos civis que protege os alunos com deficiência contra qualquer forma de violência e assédio.

Criando um ambiente seguro para jovens com necessidades especiais de saúde

Jovens com necessidades especiais de saúde – como diabetes que requer regulação de insulina, alergias alimentares ou jovens com epilepsia – podem precisar de acomodações na escola. As escolas podem proteger os alunos com necessidades especiais de saúde contra intimidação e perigos relacionados. Se uma criança com necessidades especiais de saúde tiver uma reação médica, os professores devem abordar a situação médica antes de responder ao bullying.

Educar crianças e professores sobre as necessidades especiais de saúde dos alunos e os perigos associados a certas ações e exposições pode ajudar a manter as crianças seguras.

Leis de direitos civis e jovens com deficiência

Quando o bullying é dirigido a uma criança por causa de sua deficiência estabelecida e cria um ambiente hostil na escola, o comportamento de intimidação pode cruzar os limites e se tornar “assédio por deficiência”.

Prevenção de bullying para crianças com necessidades especiais de cuidados de saúde

Ter necessidades especiais de saúde devido a condições neurológicas, de desenvolvimento, físicas e mentais pode aumentar os desafios que crianças e jovens enfrentam ao aprenderem a navegar em situações sociais na escola e na vida.

Embora o bullying e o cyberbullying sejam uma realidade infeliz para muitos jovens, as crianças com necessidades especiais de saúde correm maior risco de serem alvo de seus colegas.

Uma das razões pelas quais crianças e jovens com necessidades especiais de saúde podem estar em maior risco de bullying é a falta de apoio de seus pares.

Ter amigos que são respeitados pelos colegas pode prevenir e proteger contra o bullying. No entanto, as crianças com necessidades especiais de saúde podem ter dificuldade em se locomover na escola, problemas de comunicação e nas interações sociais, ou podem mostrar sinais de vulnerabilidade e sofrimento emocional. Esses desafios podem fazer com que sejam percebidos como diferentes e aumentar o risco de agressão dos colegas.

Os jovens com necessidades especiais podem se beneficiar de abordagens individualizadas e de toda a classe para abordar os efeitos específicos de sua condição e evitar que se tornem alvo ou perpetradores de bullying.

Professores, funcionários da escola e outros alunos precisam entender as deficiências específicas da condição de saúde de uma criança, para que possam desenvolver estratégias e apoios para ajudá-los a participar e ter sucesso nas aulas e com seus colegas.

Potenciais diferenças percebidas

Crianças e jovens com necessidades especiais são afetados por suas condições de várias maneiras. Cada criança é única, assim como as formas como sua condição de saúde as afeta.

Algumas deficiências, como lesões cerebrais ou condições neurológicas, podem afetar a compreensão de uma criança sobre as interações sociais e ela pode nem saber quando está sendo intimidada.

Aqui estão algumas maneiras pelas quais as deficiências podem afetar as crianças:

  • Crianças e jovens com paralisia cerebral, espinha bífida ou outras condições neurológicas ou físicas podem ter problemas com a coordenação física e a fala.
  • Lesões cerebrais podem prejudicar a fala, o movimento, a compreensão e as habilidades cognitivas ou qualquer combinação dessas. Uma criança ou jovem com lesão cerebral pode ter problemas com os movimentos do corpo ou com a fala de uma maneira que outras pessoas possam entender. Eles podem levar mais tempo para entender o que está sendo dito ou para responder.
  • Crianças e jovens com Transtorno do Espectro Autista, Transtorno do Déficit Atenção e Hiperatividade e Síndrome de Tourette podem ter dificuldades com interações sociais, sensibilidades, impulsividade e autorregulação de seu comportamento ou comunicação eficaz.
  • Uma criança ou jovem que experimenta ansiedade ou depressão ou que tem um problema de saúde mental pode ser retraído, quieto, temeroso, ansioso ou vulnerável. Eles podem apresentar grande estranheza social ou ter dificuldade para falar.
  • Crianças com epilepsia ou distúrbios comportamentais podem apresentar um comportamento errático ou incomum que as faz se destacar entre seus pares.
Apoiar necessidades especiais e prevenir o bullying na escola

Estratégias para atender às necessidades especiais dos alunos na escola também podem ajudar a prevenir o bullying e ter resultados positivos para todos os alunos, especialmente táticas que usam uma abordagem de equipe, promovem relacionamentos com colegas e ajudam os alunos a desenvolver empatia.

Algumas estratégias incluem:

  • Envolvendo os alunos no desenvolvimento em atividades de interesse em que todos têm um papel a desempenhar na concepção, execução ou participação na atividade.
  • Fornecer informações gerais e iniciais aos pares sobre os tipos de apoio que as crianças com necessidades especiais requerem e fazer com que os adultos facilitem o apoio dos pares.
  • Criação de um sistema de camaradagem para crianças com necessidades especiais.
  • Envolver os alunos em estratégias adaptativas em sala de aula, para que participem no auxílio e na compreensão das necessidades dos outros.
  • Condução de atividades de aprendizagem em equipe e rotação de grupos de alunos.
  • Implementar atividades de aprendizagem socioemocional.
  • Comportamento positivo, útil e inclusivo gratificante.
  • Utilizar vídeos, histórias sociais, sistemas de comunicação PECs, sistemas de comunicação alternativas e ou aumentativa.
  • Utilizar cartilhas informativas sobre bullying e cyberbullying.
  • Utilizar plataformas de ajuda e apoio como SaferNet.
O suporte dos pares faz a diferença

Aqui estão alguns exemplos de estratégias inovadoras usadas por escolas para promover a aprendizagem entre pares, fomentar relacionamentos e prevenir o bullying:

  • Uma escola de ensino médio criou um programa de merenda semanal em que alunos com e sem necessidades especiais de saúde almoçavam juntos. Vários alunos do último ano lideraram o grupo e convidaram seus amigos para participar. Todos os tipos de alunos participaram. Os alunos se conheceram por meio de períodos de perguntas e respostas e discussões durante o almoço. Eles descobriram coisas que tinham em comum e formaram amizades. Um grupo deles foi ao baile juntos.
  • Jovens em uma escola realizaram uma noite de futebol em cadeiras de rodas. Os alunos com necessidades especiais de saúde que usaram cadeiras de rodas ensinaram seus colegas a usar as cadeiras de rodas para jogar. Os alunos ajudaram outra colega que usava uma cadeira de rodas e se interessava por fotografia montando uma câmera digital em sua cadeira para que ela pudesse ser a fotógrafa do jogo.
  • Outra escola criou uma regra de clube que exigia que os clubes alternassem as responsabilidades de liderança nas reuniões de clube para que todos os sócios tivessem a chance de dirigir o grupo. Isso permitiu que alunos com necessidades especiais de saúde assumissem papéis de liderança.
  • Outra escola, solicitou que os alunos autistas que tinham habilidades para desenhar, criassem uma história social com as regras de proteção sobre bullying para todos os alunos. Os demais alunos aderiram ao projeto, colaboraram fazendo um powerpoint digitalizado. Publicaram no jornal da escola e nas demais mídias sociais da escola.

O apoio dos colegas é um fator de proteção importante contra o bullying.

Trabalhando juntos, professores, pais e alunos podem desenvolver atividades de educação por pares, formação de equipes e liderança que fomentem amizades, construam empatia e previnam o bullying para tornar as escolas mais seguras e inclusivas para todos os alunos, incluindo crianças com necessidades especiais de saúde.

Ajuda para bullying e ciberbullying na plataforma da Safernet:

A SaferNet Brasil oferece um serviço de orientação sobre crimes e violações dos Direitos Humanos na internet, de forma anônima e sigilosa.

A equipe da SaferNet é formada por profissionais especializados para orientar sobre como prevenir algumas violências online, o que fazer para denunciar e, quando possível, facilitar a identificação de instituições de saúde e/ou socioassistenciais que possam realizar um atendimento presencial o mais próximo possível da sua cidade/região.

Entre em contato: https://new.safernet.org.br/helpline

Fonte: https://www.stopbullying.gov/bullying/what-is-bullying

Agendamento para consulta presencial ou consulta de psicoterapia on-line:

WhatsApp (13) 991773793

Marina S. R. Almeida

Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar

Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista

Licenciada no E-Psi pelo Conselho Federal de Psicologia para atendimento de Psicoterapia on-line

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