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Mulheres que se encontram dentro do transtorno espectro do autismo – TEA nível um de suporte (síndrome de Asperger), frequentemente sofrem de depressão. Isso se deve em grande parte à solidão, baixa autoestima por sentirem-se que não se encaixam ou não pertencem a grupos sociais ou de mulheres de sua idade. 

Depois de um tempo, internalizam essa dor e começam a pensar que há algo errado com elas, costumam fazer diversas tentativas para entenderem o que está acontecendo. Pesquisam literaturas, buscam ajuda de psiquiatras, neurologistas e psicoterapias. 

Mulheres que estão no transtorno do espectro do autismo, geralmente não são diagnosticadas ou são diagnosticadas mais tarde na vida. Usualmente, são muito boas em mascarar/camuflar (masking) suas dificuldades autísticas e de alguma forma conseguem lograr sucesso e ou estabilidade na área profissional por algum hiperfoco de seu interesse.

Os traços de colapsos e desligamentos (shutdowns e meltdowns) do autismo parecem semelhantes aos sintomas de outros transtornos de saúde mental, como depressão, ansiedade, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e transtorno afetivo bipolar. Portanto, o autismo subjacente está na base e foi passado como outro problema de saúde mental ou pode ser uma comorbidade conjunta subdiagnosticada.

DESAFIOS ATUAIS DO DIAGNÓSTICO DE TEA EM MULHERES

Invariavelmente mulheres autistas não apresentam quadro de transtorno de personalidade borderline, personalidade múltipla ou esquizofrenia. Nas evidências científicas, são diagnósticos de exclusão para TEA. Mas, em alguns casos de alta complexidade podem ocorrerem.

Muitas mulheres com autismo têm memórias precoces de se sentirem diferentes, como algo que não se encaixava, as descrições são meio jargões hoje em dia na internet. Só quem sabe o que é se sentir inadequada consegue de fato descrever este sentimento de não pertencerem a lugar algum. Não importa o quanto elas tentem, sempre há alguma peça do quebra-cabeça que está faltando. 

Há várias descrições na internet, por isso é importante ter a sua própria descrição, cada pessoa ou autista é sempre única, procure não se influenciar com as inúmeras informações de checklists de internet, Quizes, Youtubers, Instagram, etc. Procure fontes seguras, pesquisas com evidências científicas randomizadas.

Na jovem adolescente o senso de identidade começa entrar em crise, as contradições, desenvolvimento da sexualidade, interesses, os grupos e percepção do mundo se amplia. É quando as pré-adolescentes começam a realmente perceber e se sentirem desconfortáveis com suas diferenças. 

Infelizmente, as adolescentes são frequentemente são vitímas de bullying por sua neurodiversiade, isso as faz se sentirem mais diferentes, o que, por sua vez, leva à solidão, tristeza e depressão. 

Além disso, muitas adolescentes com autismo não conseguem se relacionar com as mulheres. Não gostam das coisas que as outras garotas de sua idade fazem. Por exemplo, podem não estar interessadas em namorar, fofocar, compartilhar segredos ou falar de sua aparência. Eventualmente preferem se relacionar melhor com os meninos. Às vezes, até mesmo meninos mais jovens ou com desenvolvimento imaturo para a idade. Emocionalmente, os meninos geralmente se desenvolvem mais tarde do que as meninas de sua idade. Portanto, as adolescentes com autismo podem se sentir mais confortáveis ​​nessas amizades porque não são atormentadas pelo mesmo drama emocional. As atividades masculinas são, mas práticas e objetivas, isso também confere um senso de identidade e inclusão em grupos de garotos.

As evidências atuais sobre o fenótipo do autismo no feminino, são recentes. Os estudos atuais sugerem que é na puberdade e adolescência que os marcadores do fenótipo autista no feminino se manifestam, através da necessidade de hiper adaptação social. Geralmente, levando as mulheres autistas ao comportamento de masking ou camuflagem/imitação social. Esta hiper acomodação de imitação de papéis sociais levam as mulheres autistas a aumentarem os níveis de estresse, ansiedade e o excesso de camuflagem leva a depressão por ficarem muito afastadas de sua verdadeira identidade, sem contar os níveis de fadiga social.

As consequências das frustrações pelo excesso do afastamento de serem elas próprias levam estas mulheres a se sentirem como impostoras ou falsas (síndrome do impostor). Há um rebaixamento da autoestima ao longo do tempo, levando a quadros de depressão que podem variar de leve a grave.

Outras possibilidades diagnósticas que não foram tratadas durante anos ou desde a infância podem ser confundidas com TEA, por exemplo, Ansiedade de Separação, Transtorno Obsessivo Compulsivo, Fobia Social, Ansiedade Social, Transtorno de Ansiedade Generalizada, dentre outros.

Então a recomendação é o encaminhamento da paciente para iniciar o cuidado da saúde mental primeiro, com avaliação do psiquiatra e iniciar psicoterapia imediatamente com profissionais especialistas em autismo.

Posteriormente, após 6 a 8 meses reavaliar a paciente se há a possibilidade da presença do fenótipo do autismo e se apresentou alguma remissão do quadro psiquiátrico.

O inverso também é verdadeiro, muitas mulheres autistas se submeteram há inúmeros tratamentos psiquiátricos e ou psicoterapêuticos, obtiveram pouca melhora; ou não aderiram aos tratamentos por algum motivo, desistiram das medicações e das terapias, por falta de compreensão dos profissionais que apenas focaram o tratamento nas comorbidades e não consideraram a hipótese da presença também do fenótipo do TEA.

Muitos casos de mulheres autistas que nunca tentaram um tratamento de psicoterapia ou ajuda psiquiátrica para o seu sofrimento psíquico, como comportamentos estereotipados, rituais obsessivos, alterações sensoriais, dificuldades sociais, escolares, laborais, irá remontar graves consequências, sendo um complicador para estabelecerem estabilidade psíquica, social e comportamental. Tais consequências levam a sérios prejuízos em várias áreas da vida, como a infantilização da personalidade, pouca autonomia e independência, comportamentos cada vez mais ritualísticos/mesmice e uma piora do quadro geral na qualidade de vida. São quadros de difícil diagnóstico, pois o fenótipo pode estar muito encoberto pelas comorbidades, sofrimento psíquico, alterações comportamentais, vinculares, sensoriais; as quais não foram tratadas durante os anos.

O QUE MUDA NA VIDA DAS MULHERES AUTISTAS AO TEREM SEU DIAGNÓSTICO DE TEA CONFIRMADO?

A sua qualidade de vida, o sentimento de alívio por encontrarem uma explicação para sua identidade e sofrimento de anos. Além de terem seus direitos legais garantidos como pessoa autista.

Mas, é importante ressaltar que os tratamentos deverão ser mantidos, psiquiátrico, medicamentosos e a necessidade urgente de psicoterapia com profissionais especialistas em autismo. O que altera são os manejos adequados para TEA, a reavaliação e a compreensão do caso como um todo.

Se você deseja realizar diagnóstico neuropsicológico online, psicoterapia online ou presencial para o caso ou suspeita de autismo em mulheres, entre em contato pelo WhatsApp + 55 (13) 991773793 com a Psicóloga Marina S. R. Almeida, que é especialista em autismo em mulheres e homens.

Visite o site do Instituo Inclusão Brasil e verifique as credenciais, qualificações e habilitações profissionais da Psicóloga Marina S. R. Almeida.

Consultar uma psicoterapeuta especialista em autismo, que entende de neurodiversidade pode fazer uma grande diferença no tratamento bem-sucedido de sua depressão e ansiedade. Pode ser um lugar maravilhoso não apenas para aprender habilidades sociais, inteligência emocional e habilidades de tolerância ao sofrimento. É também um lugar para se sentir acolhida, compreendida encontrar empatia com suas experiências como mulher neurodiversa. 

O movimento da neurodiversidade é um passo importante para abraçar as diferenças. Reduz o estigma de que alguém com autismo tem “algo de errado”. 

Sentir-se apoiada ajuda a reduzir os sentimentos de depressão e ansiedade das pessoas autistas e promove a resiliência. 

OS SINTOMAS COMUNS DE DEPRESSÃO EM MULHERES AUTISTAS INCLUEM:

  • Sentimentos persistentes de tristeza ou desespero
  • Negatividade ou pessimismo
  • Culpa, vergonha ou sentimentos de inutilidade
  • Desamparo ou ambivalência em relação ao autocuidado ou habilidades de vida independente
  • Perda de interesse em coisas que você gostava
  • Falta de energia ou sensação de cansaço constante
  • Dormir muito ou pouco
  • Comer muito ou pouco ou muito
  • Inquietação
  • Desconforto físico: dor, problemas digestivos e dores de cabeça
  • Sentimentos de não pertencimento
  • Baixa autoestima
  • Pouco cuidado com higiene pessoal e atividades do cotidiano
  • Pensamentos de morte, automutilação ou tentativas de suicídio *

IMPORTANTE: *Se você estiver tendo pensamentos de morte, automutilação ou tentativa de suicídio, é importante procurar atendimento médico imediatamente.  A questão prioritária neste momento não é o autismo, mas um quadro de depressão muito séria.

Visite o pronto-socorro local, ligue 188 e converse com o serviço nacional de prevenção ao suicídio Centro de Valorização da Vida – CVV.

Chat CVV:

https://www.cvv.org.br/blog/docs/sistema/chat/cvv-chat/

https://www.cvv.org.br/blog/docs/aplicativo-voluntario/atendimento-chat-web/

A Psicóloga Marina da Silveira Rodrigues Almeida é especialista em Transtorno do Espectro Autista em homens e mulheres. Realizo psicoterapia online ou presencial para pessoas neurotípicas e neurodiversas.

Realizo avaliação neuropsicológica online e presencial para diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista em Adultos e TDAH.

Agende uma consulta no WhatsApp (13) 991773793.

Marina da Silveira Rodrigues Almeida – CRP 06/41029

Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar

Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista

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