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O Transtorno de Déficit Atenção e Hiperatividade TDAH é caracterizado por comportamentos crônicos, com duração mínima de seis meses, que se instalam definitivamente antes dos sete anos. De acordo com Castro e Malagris (2003), os estudos mais recentes consideram que uma criança, para apresentar esse distúrbio, deve apresentar déficit de atenção, atividade motora excessiva e impulsividade por falta de controle em um nível que interfere em seu rendimento escolar e em seus relacionamentos familiares ou sociais.

Porém, Barkley (2002) reconhece mais dois problemas adicionais para aqueles com Transtorno de Déficit Atenção e Hiperatividade  TDAH, que são: dificuldades para seguir regras e instruções e variabilidade extrema em suas respostas a situações. Esses sintomas estão associados a um déficit primário na inibição do comportamento, que é o símbolo do TDAH.

“As crianças com Transtorno de Déficit Atenção e Hiperatividade TDAH são freqüentemente acusados de “não prestar atenção”, mas na verdade elas prestam atenção a tudo. O que não possuem é a capacidade para planejar com antecedência, focalizar a atenção seletivamente e organizar respostas rápidas”.

Podemos identificar a desatenção pelos seguintes sintomas: dificuldades de prestar atenção a detalhes, de manter a atenção em tarefas e até mesmo nas brincadeiras, errar por descuido, não conseguir terminar as tarefas escolares, e/ou domésticas, bem como dificuldades para organizá-las, seguir instruções, parecendo não ouvir o que lhe falam ter facilidade para perder objetos, que são necessários para tarefas ou atividades, como também ser distraído por estímulos alheios à tarefa, evitar envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (KNAPP, et al., 2002).

Atividade Motora Excessiva

Segundo Goldstein e Goldstein (2002), as crianças hiperativas tendem a ser excessivamente agitadas e ativas. Geralmente é percebido nos diversos ambientes em que a criança interage, pela dificuldade que ela apresenta de ficar parada, não conseguindo controlar o corpo em situações que exijam que fiquem sentadas e em silêncio por muito tempo.

Essa característica do  Transtorno de Déficit Atenção e Hiperatividade TDAH pode ser descrita como inquietação, impaciência, fala em excesso, a criança parece movida por um motor, não consegue permanecer sentada, produz sons estranhos, está sempre em movimento e atrapalhando o funcionamento de algo; estas são algumas das muitas definições que escutamos, quando se referem à atividade motora da criança Transtorno de Déficit Atenção e Hiperatividade com  TDAH.

A ausência de um objetivo concreto, para a atividade corporal excessiva e desorganizada é que permite diferenciá-la da superatividade, que observamos no desenvolvimento normal da criança em certas situações, como comentam Brioso e Sarriá (1995).

Impulsividade ou falta de controle

A impulsividade é uma característica que faz com que a criança apresente dificuldades de seguir regras, de pensar antes de agir, dando respostas precipitadas, o  que, geralmente, não faria se pensasse antes.

Segundo Castro e Malagris (2003), a impulsividade está igualmente relacionada a dificuldades de esperar por sua vez, intrometendo-se em conversas e brincadeiras, refletindo um comportamento inadequado, que rotula esta criança como inconseqüente.

Observa-se nas crianças hiperativas uma tendência à satisfação imediata de seus desejos e pouca tolerância a frustrações.

Essa sintomatologia ocasiona graves conseqüências na vida da criança, como: comprometimento cognitivo, atrasos específicos do desenvolvimento motor e da linguagem, dificuldades de leitura e de aprendizagem, como descreve Gaião e Barbosa (2001).

A hiperatividade é um tipo de conduta desnecessária, caracterizada pela desatenção e inquietude num nível impróprio para a idade da criança.

De acordo com Weiss (1995), um dos  aspectos mais marcantes da criança portadora do Transtorno de Déficit Atenção e Hiperatividade TDAH consiste nos relacionamentos, nos problemas que se envolvem em casa, na escola e com os amigos. Elas geralmente são mal vistas por seus colegas, professores, irmãos e pais. Um relacionamento duradouro e saudável é quase impossível, e esta impopularidade transformar-se-á em isolamento social.

Segundo Goldstein e Goldstein (2002), as brincadeiras são o elo de ligação entre as crianças, onde são desenvolvidas e mantidas amizades. Pesquisadores enfatizam a importância dos jogos como forma das crianças aprenderem a controlar seu ambiente e fortalecer as habilidades sociais e de raciocínio. O jogo irá auxiliar as crianças a intensificar contatos com o mundo, como desenvolver uma auto-imagem adequada.

A criança hiperativa, na idade escolar, aventura-se no mundo e não tem a família para agir como amortecedor. Ela agora precisa lidar com as regras e os limites de uma educação organizada, o comportamento que antes era tolerado por ser engraçadinho, não é mais aceito, pois parece imaturo e não se ajusta com as expectativas da escola.  Existe, sem dúvida, tratamento para a hiperatividade, mas é necessário que se tome uma série de medidas, porque o quadro.

Atualmente, existem vários medicamentos disponíveis para o tratamento, que pertencem ao grupo dos psico-estimulantes, dos antidepressivos, dos neurolépticos, além dos medicamentos de lançamento mais recente que não pertencem às categorias citadas. São esses medicamentos que, usados de maneira criteriosa, beneficiarão a maioria dos pacientes.

Essa variedade de opções dependerá do quadro clínico que o paciente apresentar, pois além do quadro do Transtorno de Déficit Atenção e Hiperatividade TDAH devemos considerar as comorbidades que se manifestam nesses pacientes atingem cerca de 70% dos casos. O diagnóstico é pluridimensional: no caso, deve ser um trabalho conjunto que envolve orientação familiar, orientação psicológica, psicopedagogia, a participação da escola, complementado pelo tratamento com medicamento.

A maioria das crianças com Transtorno de Déficit Atenção e Hiperatividade  TDAH podem e devem permanecer na classe regular de ensino, com pequenas intervenções no ambiente estrutural, modificação de currículo e estratégias adequadas à situação.

É sabido escolher uma escola que esteja o mais próximo possível dos valores da família, que dê importância às mesmas coisas que os pais dão que siga o caminho que os pais pretendem trilhar, enfim, uma escola que complemente a educação que o aluno recebe em casa. Do contrário, o conflito resultante de visões educacionais contraditórios pode trazer resultados desastrosos para o desenvolvimento desse aluno.

É aconselhável escolher uma escola que tenha a preocupação com o desenvolvimento global do aluno, em vez de uma que vise a algum tipo especifico de sucesso – acadêmico, artístico, esportivo. A escola que melhor atende as necessidades dos alnos com Transtorno de Déficit Atenção e Hiperatividade TDAH é aquela cuja preocupação maior está em desenvolver o potencial de cada um, respeitando as diferenças individuais, reforçando os seus pontos fortes e auxiliando na superação dos pontos fracos, pois eles precisam de apoio e intervenção psicopedagógica mais intensos.

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Marina S. R. Almeida

Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar

Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista

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