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A anorexia é um distúrbio alimentar que provoca uma perda de peso acima do que é considerado saudável para a idade e altura. Pessoas com anorexia podem ter um medo intenso de ganhar peso, mesmo quando estão abaixo do peso normal. Elas podem abusar de dietas ou exercícios, ou usar outros métodos para emagrecer.

A anorexia é um distúrbio de imagem, no qual o paciente não consegue aceitar seu corpo da forma como ele é, ou tem a impressão de que está acima do peso em níveis acima da realidade. Isso pode levar a um quadro de ansiedade, que faz a pessoa buscar maneiras bruscas de perder peso rapidamente.
A causa exata da anorexia ainda é desconhecida, mas acredita-se que fatores biológicos, psicológicos e ambientais estejam envolvidas nas causas possíveis para a doença.

Os genes e os hormônios podem desempenhar um papel no seu desenvolvimento. Atitudes sociais que promovem tipos de corpos muito magros também podem estar envolvidas.
Por muito se acreditou que conflitos familiares contribuíam para a anorexia e outros distúrbios alimentares. No entanto, essa ideia não é mais difundida.

Alguns fatores de risco podem levar pessoas a desenvolveram um quadro de anorexia.
As mulheres têm mais chances de desenvolver a doença do que homens, apesar de que o número de homens de todas as idades com anorexia ter aumentado nos últimos anos.

Uma hipótese para justificar isso é que a mídia e a publicidade estejam influenciando no padrão ideal de beleza masculina cada vez com mais frequência e intensidade, mostrando que a pressão social sobre a questão da beleza e do corpo magro não faz mais tanta distinção de gênero.

No entanto, as mulheres ainda são as mais afetadas com esse quadro.
Anorexia é um distúrbio muito comum entre adolescentes cada vez mais, principalmente por conta da pressão social existente nessa fase da vida e todas as mudanças que ocorrem no corpo e na mente. Entretanto, pessoas de todas as idades podem desenvolver o problema, sendo considerado raro somente em indivíduos acima dos 40 anos.

Estudos mostram que alguns genes possam estar diretamente relacionados ao desenvolvimento da anorexia.

Histórico familiar, ou seja, ter um parente que apresenta ou apresentou algum distúrbio alimentar pode aumentar as chances de desenvolver anorexia também.
O ato de perder ou ganhar peso pode desencadear em reações das mais variadas, desde elogios até críticas. Elas podem, por isso, levar uma pessoa a recorrer a dietas cada vez mais extremas e ao surgimento da anorexia.

Grandes mudanças na vida e na rotina podem acarretar no desenvolvimento de distúrbios alimentares, entre eles a anorexia. Exemplos: mudança de escola, casa ou trabalho, morte de um ente querido e términos de relacionamento.

Pessoas ligadas ao esporte e ao mundo artístico, como atores, atrizes e modelos, são mais propensas a desenvolver anorexia também, pois trabalham com a própria imagem e sofrem julgamentos por um número maior de pessoas.

A mídia e a sociedade são grandes responsáveis pela anorexia. A televisão e revistas de moda, bem como os estereótipos sociais de beleza, despertam nas pessoas a sensação de que só serão felizes e populares se seguirem um determinado padrão – alimentado diariamente pelos meios de comunicação e reproduzido em todos os círculos sociais.

  • Os principais sintomas apresentados por uma pessoa com anorexia:
  • Sentir medo enorme de engordar ou ficar acima do peso ideal, mesmo quando a pessoa está abaixo do peso normal
  • Recusar-se a manter o peso que é considerado normal ou aceitável para sua idade e altura (geralmente, pessoas com anorexia estão no mínimo 15% abaixo do peso normal)
  • Ter uma imagem corporal muito distorcida, ser muito focada no peso ou na forma corporal e se recusar a admitir a gravidade da perda de peso.
  • Não menstruar por três ou mais ciclos.
  • As pessoas com anorexia podem limitar gravemente a quantidade de comida que ingerem e depois provocar vômitos.

Outros comportamentos incluem:

  • Cortar a comida em pequenos pedaços ou movê-los no prato em vez de comê-los
  • Exercitar-se o tempo todo, mesmo quando o clima está ruim, a pessoa está machucada ou ocupada.
  • Ir ao banheiro imediatamente após as refeições.
  • Recusar-se a comer perto de outras pessoas.
  • Usar comprimidos para urinar (diuréticos), evacuar (enemas e laxantes) ou reduzir o apetite (comprimidos para perda de peso).
  • Pele manchada ou amarelada, seca e coberta por pelos finos.
  • Pensamento confuso ou lento, junto com memória ou julgamento deficiente.
  • Depressão.
  • Boca seca.
  • Extrema sensibilidade ao frio (vestir várias camadas de roupas para ficar aquecido).
  • Perda de resistência óssea.
  • Desgaste dos músculos e perda de gordura corporal.

Na clínica não é difícil diagnosticar um quadro de anorexia; principalmente porque o sujeito assume com muita galhardia o sintoma.

Quando perguntada numa primeira entrevista a uma paciente sobre o motivo de sua vinda, a jovem respondeu: “Não dá para ver que tenho anorexia?”. Esta resposta sob a forma de pergunta fez com que a analista, por instantes, tivesse a impressão de que a paciente estaria reconhecendo na anorexia um sofrimento.

Uma percepção que durou pouco, pois, em seguida, a jovem continuou falando como se estivesse lendo os pensamentos do outro: “Mas veja bem: só estou aqui porque fui obrigada por meus pais; não acho que anorexia seja uma doença”.

Em nossa experiência, o problema maior sempre recai sobre o diagnóstico da estrutura do sujeito que elege a anorexia como expressão subjetiva. De fato, trata-se de uma patologia que pode se apresentar tanto na neurose ou na psicose quanto na perversão.

É digno de nota que quando a doença eclode num quadro de histeria ou de neurose obsessiva os impasses clínicos são sempre maiores do que o esperado.

O sujeito anorético sempre visa um gozo, uma satisfação pulsional substituta que tende a ultrapassar a tendência homeostática do princípio do prazer; e veremos, mais adiante, o quanto isso dificulta a direção de uma cura, mesmo em se tratando de pacientes neuróticos.

A bulimia também compartilha essa mesma dimensão do sofrimento da anorexia. Trata-se de duas faces do mesmo pathos. Enquanto a anoréxica se apropria do Ideal do corpo magro através da prática de privação, a bulímica tem crises de fome devoradora.
Entretanto, compartilham o mesmo Ideal do corpo magro, que representa controle e perfeição, e a mesma ameaça da fome devoradora.

A anorexia é almejada pelas bulímicas e a fome bulímica é uma ameaça compartilhada pelas anoréxicas.
A bulimia seria, segundo Brusset, Couvrer e Fine (2003), o gozo ao mesmo tempo desejado e violentamente rejeitado da anorexia. Ao vomitar no final das crises de fome devoradora, a bulímica ostenta o fato de que nenhum objeto ou substância é capaz de preencher sua falta. O vômito realiza aquilo que o significante não realizou: depois de se empanturrar, corresponde a erigir um dique em relação ao desejo do Outro.

O ódio à própria imagem testemunha a vivência de uma anoréxica que não encontrou no espelho o olhar benevolente do Outro, a erotização suficiente de seu corpo. Através de um poema que a paciente me deu, revela que a jovem testemunha que encontrou no espelho apenas um juízo superegóico, isto é, a sentença que coloca a Lei contra o desejo e o desejo contra a Lei (goza) (Recalcati, 2003).

A clínica da anorexia-bulimia é uma clínica do corpo que se diferencia da clínica clássica da histeria. Em geral, a paciente é levada pela família, que também deve ser escutada. Seria um erro atender apenas a doença – anorexia. O drama familiar, os jogos de força estabelecidos entre a paciente e aqueles que dela cuidam precisam ser quebrados.

A prática psicanalítica trabalha com um movimento de subtração, de criar uma falta, um furo no saber que possa abrir espaço para a dimensão inconsciente do discurso, e consequentemente, fazer o sujeito trabalhar. Porém é necessário admitir que isso pode vir a levar bastante tempo e, nos casos mais graves, realmente não se tem este tempo.

A anorexia restritiva está entre as patologias psiquiátricas que levam, o sujeito à morte com frequência relevante. Porém deve-se considerar que ela ainda é uma defesa contra a morte.
Nesses casos mais dramáticos, o trabalho multidisciplinar, como já se disse, torna-se uma indicação necessária.

Acreditamos que a escuta analítica, passando a fazer parte do tratamento, seja uma alternativa ao Outro especialista que faz diferença e, assim, possa contribuir para que o tratamento se torne realmente eficaz, na medida em que proporcione, além da dimensão da necessidade, um espaço para o desejo.

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Marina S. R. Almeida

Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar

Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista

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