ADULTOS COM TDAH RECUPERAÇÃO E DIFICULDADES PERSISTENTES

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Cerca de 11% das crianças em idade escolar nos Estados Unidos foram diagnosticadas com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Embora muitas dessas crianças eventualmente “superem” o distúrbio, algumas carregam suas dificuldades para a idade adulta: cerca de 10 milhões de adultos americanos são atualmente diagnosticados com TDAH.

No primeiro estudo a comparar padrões de atividade cerebral em adultos que se recuperaram do TDAH na infância e naqueles que não se recuperaram, os neurocientistas do MIT descobriram diferenças importantes em uma rede de comunicação cerebral que é ativa quando o cérebro está em repouso acordado e não focado em um determinado tarefa. As descobertas oferecem evidências de uma base biológica para o TDAH adulto e devem ajudar a validar os critérios usados ​​para diagnosticar o transtorno, de acordo com os pesquisadores.

Os diagnósticos de TDAH em adultos aumentaram dramaticamente nos últimos anos, com sintomas semelhantes aos do TDAH infantil: uma incapacidade geral de concentração, refletida na dificuldade de concluir tarefas, ouvir instruções ou lembrar detalhes.

“As diretrizes psiquiátricas para saber se o TDAH de uma pessoa é persistente ou remissivo são baseadas em muitos estudos e impressões clínicas. Este novo estudo sugere que existe um limite biológico real entre esses dois grupos de pacientes”, diz John Gabrieli, do MIT, professor de Ciências e Tecnologia da Saúde Grover M. Hermann, professor de cérebro e ciências cognitivas e autor do estudo, que aparece na edição de 10 de junho da revista Brain.

Mudança de padrões cerebrais

Este estudo se concentrou em 35 adultos que foram diagnosticados com TDAH quando crianças; 13 deles ainda têm o distúrbio, enquanto o restante se recuperou. “Essa amostra realmente nos deu uma oportunidade única de fazer perguntas sobre se a base cerebral do TDAH é ou não semelhante nas coortes de TDAH remitido e TDAH persistente”, disse Aaron Mattfeld, um pós-doutorando no McGovern Institute for Brain Research do MIT e no autor principal do artigo.

Os pesquisadores usaram uma técnica chamada ressonância magnética funcional em estado de repouso (fMRI) para estudar o que o cérebro está fazendo quando uma pessoa não está envolvida em nenhuma atividade específica. Esses padrões revelam quais partes do cérebro se comunicam durante esse tipo de repouso acordado.

“É uma maneira diferente de usar imagens funcionais do cérebro para investigar redes cerebrais”, diz Susan Whitfield-Gabrieli, pesquisadora do Instituto McGovern e autora sênior do artigo. “Aqui temos assuntos apenas deitados no scanner. Este método revela a arquitetura funcional intrínseca do cérebro humano sem invocar nenhuma tarefa específica”.

Em pessoas sem TDAH, quando a mente está fora de foco, há uma sincronia distinta de atividade em regiões do cérebro conhecidas como rede de modo padrão. Estudos anteriores mostraram que em crianças e adultos com TDAH, dois centros principais dessa rede – o córtex cingulado posterior e o córtex pré-frontal medial – não sincronizam mais.

No novo estudo, a equipe do MIT mostrou pela primeira vez que em adultos que foram diagnosticados com TDAH quando crianças, mas não o têm mais, esse padrão normal de sincronia é restaurado. “Seus cérebros agora se parecem com os de pessoas que nunca tiveram TDAH”, diz Mattfeld.

“Essa descoberta é bastante intrigante”, diz Francisco Xavier Castellanos, professor de psiquiatria infantil e adolescente da Universidade de Nova York, que não participou da pesquisa. “Se puder ser confirmado, esse padrão pode se tornar um alvo para possíveis modificações para ajudar os pacientes a aprender a compensar o distúrbio sem alterar sua composição genética”.

Problemas persistentes

No entanto, em outra medida de sincronia cerebral, os pesquisadores descobriram muito mais semelhanças entre os dois grupos de pacientes com TDAH.

Em pessoas sem TDAH, quando a rede de modo padrão está ativa, outra rede, chamada de rede positiva de tarefa, é suprimida. Quando o cérebro está executando tarefas que requerem foco, a rede positiva da tarefa assume e suprime a rede de modo padrão. Se esse relacionamento recíproco se deteriorar, a capacidade de concentração diminui.

Ambos os grupos de pacientes adultos com TDAH, incluindo aqueles que se recuperaram, mostraram padrões de ativação simultânea de ambas as redes. Acredita-se que isso seja um sinal de comprometimento da função executiva – o gerenciamento de tarefas cognitivas – que é separado do TDAH, mas ocorre em cerca de metade dos pacientes com TDAH. Todos os pacientes com TDAH neste estudo tiveram desempenho ruim em testes de função executiva. “Uma vez que você tem problemas de função executiva, eles parecem persistir”, diz Gabrieli, que é membro do McGovern Institute.

Os pesquisadores agora planejam investigar como os medicamentos para TDAH influenciam a rede de modo padrão do cérebro, na esperança de que isso possa permitir que eles prevejam quais drogas funcionarão melhor para pacientes individuais. Atualmente, cerca de 60% dos pacientes respondem bem ao primeiro medicamento que recebem.

“Não se sabe o que há de diferente nos outros 40% ou mais que não respondem muito”, diz Gabrieli. “Estamos muito entusiasmados com a possibilidade de que alguma medição cerebral nos diga qual criança ou adulto tem maior probabilidade de se beneficiar de um tratamento”.

A pesquisa foi financiada pelo Poitras Center for Affective Disorders Research no McGovern Institute.

Fonte: https://news.mit.edu/2014/inside-adult-adhd-brain-0610

A Psicóloga Marina da Silveira Rodrigues Almeida é especialista em Transtorno do Espectro Autista em homens e mulheres.

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