Precisamos saber que a a aprendizagem em pessoas com síndrome de Down se dá num ritmo mais lento, vamos propor algumas idéias, manejos e sugestões.
Devemos oferecer-lhe um maior número de experiências variadas para que aprenda o que o ensinamos.
– Fica cansado rapidamente, sua atenção não se mantém por um tempo prolongado.
Inicialmente, devemos trabalhar durante curtos períodos de tempo, aumentando-os pouco a pouco.
– Às vezes não se interessa pela atividade, ou se interessa por pouco tempo.
Devemos motivá-lo com alegria e com objetos chamativos e variados, para que se interesse pela atividade.
– Muitas vezes não consegue realizar a atividade sozinha
Devemos ajudá-lo e guiá-lo apenas o necessário para que realize a atividade, até que consiga fazê-lo sozinho.
– A curiosidade para conhecer e explorar o que está à sua volta é limitada.
Devemos despertar nele o interesse pelos objetos e pessoas que o rodeiam, nos aproximando e mostrando as coisas agradáveis e chamativas.
– É difícil para ele se lembrar do que já fez e do que aprendeu.
Devemos repetir muitas vezes as tarefas já realizadas, para que se lembrem de como fazê-las e para que sirvam.
– Não se organiza para aprender sobre os acontecimentos da vida diária.
Devemos ajudá-lo sempre a aproveitar todos os fatos que ocorrem ao seu redor, bem como lembrá-lo de sua utilidade, relacionando os conceitos com o que foi aprendido na sala de aula.
– É mais lento ao responder.
Devemos sempre esperar com paciência e ajudá-lo, estimulando-o ao mesmo tempo para que responda cada vez mais rapidamente.
– Não costuma inventar ou procurar situações novas.
Devemos conduzi-lo a explorar situações novas, a ter iniciativas.
– Tem dificuldades em solucionar problemas novos, mesmo que sejam semelhantes a outros problemas vividos no passado.
Devemos trabalhar permanentemente, dando-lhe oportunidades de resolver situações da vida diária, sem anteciparmos nem responder em seu lugar.
– Consegue aprender melhor quando foi bem sucedido em situações anteriores.
Devemos saber em que ordem devemos ensiná-lo, oferecendo muitas oportunidades de sucesso. Apresente situações que são possíveis para o aluno e aumente progressivamente o grau de dificuldade.
– Quando conhece imediatamente o resultado positivo de sua atividade, se interessa mais em seguir colaborando.
Devemos dizer-lhe sempre o quanto se esforçou, o quanto já alcançou, animando-o pelo sucesso já alcançado. Assim é possível que ele se interesse mais pela atividade e aguente trabalhar por mais tempo.
– Quando participa ativamente da tarefa, aprende melhor e se esquece menos.
Devemos planejar atividades em que ele intervenha ou atue como sujeito principal.
– Quando se pede que ele realize muitas tarefas em pouco tempo, se confunde e rejeita a situação.
Devemos selecionar as tarefas e dividi-las pelo tempo, de forma que não se confunda nem se canse. Cada etapa tem suas características próprias, mas é preciso prestar atenção especial a alguns aspectos, desde o começo da ação educativa no programa de estimulação precoce e ao longo de todo o processo educativo:
– A programação por objetivos;
– O desenvolvimento das capacidades, tendo em conta que se trata de um processo evolutivo;
– O desenvolvimento da atenção;
– O desenvolvimento da percepção e discriminação;
– O desenvolvimento das habilidades manuais;
– A comunicação e linguagem;
– O desenvolvimento da leitura, escrita e cálculo;
– A educação para autonomia;
– O desenvolvimento de valores.
Vamos contribuir deste modo, para formar um adulto que seja maduro, responsável e feliz, que seja:
– capaz de se sentir bem consigo mesmo.
– disposto a sentir-se bem com os outros e a que os outros se sintam bem com ele.
– capaz de enfrentar os desafios e as dificuldades que vierem.
– pronto a resolver e tomar decisões por conta própria, contando com ajuda somente quando for necessário.
– capaz de assumir sua própria responsabilidade.
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Marina S. R. Almeida
Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar
Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista
CRP 41029-6
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