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Geralmente as inapetências da primeira infância, se não forem demasiadamente graves, costumam ir cedendo paulatinamente, até normalizarem-se, com desenvolvimento do crescimento. Porém, temos que considerar que isso vai depender também da cultura e dos hábitos alimentares da família ao qual a criança está inserida, visto que famílias que  tenham uma dieta nutricional pobre, pouco saudável como fast food,  alimentos processados, refrigerantes, lanches, frituras e ausência de frutas e legumes levam os filhos a adquirirem maus hábitos alimentares e pioram os quadros de crianças que apresentam predisposição para inapetência alimentar.

O impulsivo vital tem importante papel na remissão na inapetência, seletividade e ou fobia alimentar, como a exposição a diversos tipos de alimentos e variedades de frutas e verduras, bem como a ampliação de novos vínculos afetivos e interesses sociais que ajudam a criança a resolver a sua intensa simbiose e dependência infantil, como ir para escola, ter amigos, fazer esportes, aquisição de cultura, atividades artísticas, etc.

As fobias alimentares e seletividade, são em si mesma um grau associado à inapetência, embora às vezes venham acompanhadas de um controle de variedade restritiva de cardápios, por exemplo, a criança somente come batatas fritas com arroz, ou com pedacinhos de frango.

O sentido da fobia é o mesmo que da inapetência, só que num grau conflitivo, o alimento rejeitado recebeu uma projeção fantasiosa e um deslocamento afetivo, portanto é sentido pela criança como perigoso, nojento, asqueroso, motivos pelos quais assume uma fantasia na mente do sujeito de que tais alimentos têm qualidades perigosas e venenosas, acreditando que podem matá-lo, engasgá-lo, levando-o muitas vezes a ter náuseas ou provocar o vômito. Não adianta explicar para a criança ou para a pessoa que tais alimentos são gostosos, porque estão dominados pelas fantasias e isso só vai aumentar mais o controle fóbico e as defesas obsessivas do sujeito. Por exemplo, a pessoa começa a organizar um ritual para à hora da alimentação, desde a colocação dos alimentos no prato, não podendo misturar os alimentos, vigilância do que será servido, depender da cor do alimento, da textura dos alimentos, da quantidade, só podendo sentar em tal lugar para comer, etc.

Os rituais abrangem um determinado número de atos cuja capacidade para pensar o que está acontecendo está impedida, também não consegue sentir em sua mente os sentimentos, por essa razão atuam os comportamentos em controles obsessivos, o que chamamos de acting out. Pode aparecer também a lavação de mãos, suspeitas em relação ao alimento, localização de algum brinquedo, posição do prato ou talher. O sentido deste comportamento é anular a vivencia sentida como terrorífica projetada sobre a comida e obter o controle da presença idealizada e simbiótica da mãe ou do cuidador.

Quando as fobias alimentares não melhoram, instala´-se a anorexia, que é um comportamento de rígida e obstinada negação de comer, e que chegam ao ponto de não ingerir quase nada.

As profundas angústias persecutórias que apareciam na inapetência alimentar derivam agora de uma expressão de uma pulsão de morte no quadro de anorexia.

O quadro de anorexia as auto-agressões são variadas: negatividade de comer, de sair de casa, de ter amigos, de brincar ou divertir-se, de conseguir sentir-se produtivo e criativo, de conseguir trabalhar, etc.

A anorexia constitui uma tentativa de suicídio, um angustiante pedido de ajuda e de imposição de limites. Um traço característico é a insociabilidade, isolamento, onipotência, resistência em buscar e ou aceitar ajuda, teimosia, negação da realidade, falha no juízo critico da realidade, percepção distorcida da auto-imagem corporal e a evidente dependência simbiótica dos pais ou da mãe.

A internação clínica impõe-se quando a perda é excessiva e coloca a vida da pessoa em risco. Na grande maioria dos casos, consegue-se remissão do sintoma com esta medida, porque representa uma grande imposição de limites com os aspectos destrutivos, já que enfatiza o perigo da morte, contudo isso não é garantia que a pessoa se mobilize para os aspectos de vida. A intensa simbiose com os pais pode começar a ser elaborada com ajuda psicoterápica e psiquiátrica, conjuntamente com o trabalho de uma equipe multidisciplinar a médio e longo prazo: endocrinologista, psiquiatra, psicólogo, nutricionista.

Na etiologia da anorexia constatamos a existência de circunstancias críticas no funcionamento familiar, que induzem a profunda depressão e retração narcísica da pessoa anoréxica, portanto a necessidade dos pais também serem submetidos ao processo de psicoterapia.

A busca de um atendimento psicoterápico para a criança, adolescente e ou adulto que apresentem dificuldades alimentares, inapetência, seletividade, fobia alimentar é de extrema importância para que não evolua para um quadro mais grave como a anorexia.

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Marina S. R. Almeida

Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar

Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista

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