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Terapia on-line, clones, facebook, nick-names, redes sociais, transgêneros, a psicologia, os direitos humanos, essa é nossa atual velocidade contemporânea…

Não são os contrários que causam a dicotomia, mas é a falta de dialética, portanto caímos no reducionismo. Temos hoje uma medicina avançada e tecnológica, mas que somente cuidada do pé direito, da cabeça, está desumanizando… sobra o espírito, a psiquê, os afetos as emoções. Mas vamos recortando o ser humano em especialistas e especialidades.
A ética é o campo da reflexão humana, pressupõe o comportamento e a escolha com liberdade de direitos, quando há restrição a escolha é pessoal. Quando não há possibilidade de escolha é moral.
Como Satre afirma, “somos condenados a liberdade” e isso implica em responsabilidade.
A moral é norma do que é bom e ruim.
Atualmente evoluímos muito do ponto de vista histórico, construção de valores moralmente aceitos, por exemplo, a moral sexual evoluiu os tabus estão sendo debatidos, o uso de preservativos, controle de natalidade, masturbação, redesignação sexual, tudo isso podemos conversar ou ter acesso a internet.
Caminhamos para o consenso de direitos para as pessoas: o que é bom é uma reflexão e discussão ética.
O que é ter uma boa vida?
E o não vivo também, não só aquilo que me dá prazer imediato, mas dá sentido ao coletivo.
Sendo assim, a dimensão ética deve estar no cotidiano público, vejamos o exemplo dos “meninos de rua” antes minoria, até conversávamos com eles. Hoje se tornaram uma ameaça, fazemos de conta que não existem.
Usamos o cinismo, blindagem dos nossos carros, defesas e mais defesas, vamos construindo fortalezas em condomínios fechados e monitorados 24 horas. Fechamos os olhos para aquilo que sentimos impotentes, para aquilo que sentimos dor, que não conseguimos pensar e ter uma crítica construtiva, buscamos ainda saídas minimizadoras.
A realidade contemporânea: vem trazendo no seu bojo o enunciado da igualdade com a Revolução Francesa.
O que constamos, o princípio da desigualdade social, doutrina neo-liberal que se contrapõe a Revolução Francesa, produção máxima do capitalismo, a hegemonia da burguesia. O progresso é baseado no acúmulo de riquezas.
Trabalho: emprego x desemprego – transforma, dá prazer, só é sofrimento se está inserido na submissão, na impossibilidade de escolha, em poucas condições de trabalho, é opressão…
Futuras tecnologias no trabalho traziam uma utopia a partir do domínio da natureza – reduzir o número de trabalhadores para buscarem lazer, cultura, convívio familiar.
Mas estamos notando que esta utopia não esta se configurando na realidade, não está levando a distribuição do ócio, a tecnologia está trazendo a automação, proporcionalmente há menos pessoas trabalhando do que poderiam ser dispensadas. E as que são não conseguem recolocação, por conta da mão de obra especializada cada vez mais exigida.
Previa-se que através do domínio da natureza diminuiríamos o sofrimento do trabalho, prazer subjetivo e lazer pessoal.
A produção de alimentos transgênicos – engenharia genética de alta tecnologia poderia abastecer a humanidade, no entanto temos 1/3 de pessoas em estado de subnutrição e 2/3 da população mundial passa fome.
Temos 23 trilhões de dólares em papéis nas bolsas de valores, sendo que 1 trilhão rodam diariamente entre as bolsas de valores de Nova York, Hong-Kong, Singapura, São Paulo, etc… Quando sentimos as crises econômicas é exatamente quando estes papéis saem de um lugar para o outro, são os efeitos da globalização do capitalismo selvagem.
A reflexão ética – somos parte da espécie humana e o que é bom para mim e para os outros seres da mesma espécie? Numa sociedade globalizada só poderemos encaminhar soluções de forma conjunta. Só na ética avançaremos, não há análise por segmentos.
O que a Psicologia tem com isso?
Contextualizar de forma ética o ser humano, a discussão ética contrapõe as outras.
Quando respeitamos a subjetividade humana, há progresso moral.
Se algumas pessoas estão no poder é porque atuam ainda muitas vezes na hegemonia, no cinismo com os excluídos e foram eleitos para isso, representam estes interesses pessoais, partidários, capitalistas, e tantos outros lobbys.
Ah! Educação? E porque não falar das flores…
“Caminhando e cantando e seguindo a canção… Somos todos iguais braços dados ou não. Nas escolas, nas ruas, campos e construções. Caminhando e cantando e seguindo a canção…
Vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora e não espera acontecer!”
A grande utopia de Geraldo Vandré, é a concepção da união coletiva. Que somente é possível se as pessoas forem informadas de seus direitos, de seu poder de escolha e revitalizarem sua auto-estima como seres humanos interdependentes.
O que vamos fazer com o planeta que habitamos? Valores ecológicos, camada de ozônio, distribuição de água potável. O amor ao planeta Terra nunca foi considerado, agora não há outra saída a não ser começar uma ação de preservação e respeito, a não ser que descubram que poderemos mudar de planeta. Sabemos destas consequências há mais de 30 anos. Contudo, não havia nenhum interesse em divulgar ao mundo, que o maior poluidor do planeta era o nosso próprio combustível e derivados do petróleo.
Concentração de capital promove a degradação ambiental e humana, só podemos viver enquanto espécie humana neste planeta. Portanto através dos referenciais democráticos que vivemos, precisam ser direcionados no seu conteúdo. O comportamento humano é individual, mas se reflete no social.
Bio-ética: experiência com seres humanos, um longo caminho a percorrer.
Ter direitos equitativos: moradia, alimentação, saúde, educação, cultura e informação.
Fato empírico: real é aquilo que tem efeito, o que causou o real perdeu o efeito, virou subjetivo. A objetividade é construída na ciência.
Somente na dialética poderemos superar os impasses: os opostos trazem a unidade dos contrários: subjetividade com objetividade.
O fazer científico está no que para que? Para quem? Com bases fundamentadas, interesses e dimensão ética.
Vigostky, nos fala da emoção, palavra, linguagem, pensamento, desenvolvimento, memória e imaginação.
Só a imaginação é a base da criatividade e a base de nossas utopias sociais.
A atividade estética é também repensar a sociedade.
Imaginação e a fantasia são diferentes: a imaginação coloca o ser humano em contato com a realidade, a fantasia, o tira da realidade, não produz, aliena, paralisa. O leva a apatia, a indiferença, negando a própria vida, nega a todo afeto, indiferença as pessoas, e negação é morte.
Se as mudanças só poderão se dar por via da ética, e os psicólogos tem este referencial na mão, aliás qualquer um de nós, mas o psicólogo está para estudar, compreender e contextualizar o ser humano, esse é seu desafio.
Hanna Arent, diz que o oposto do homem religioso é o homem indiferente.
Silvia Lane, em seu livro “Arqueologia das Emoções”. Religiosidade é um sentimento de todos nós. A religião institucionalizada é dogma, poder, domina, cerceia.
Religiosidade tem que existir, e posso me identificar com a humanidade, como um todo. O que se puder fazer para promover o bem para as pessoas, humanidade, de contribuição estou fazendo, neste sentido somos religiosos.
Outros podem salvar a natureza, em função de um bem comum, para salvar a humanidade, de um bem universal, também é religioso.
O Ateu como o religioso, são os opostos, um é o indiferente e outro é o submisso.
E o Vaticano: abre novamente o questionamento do mágico, produção dos milagres versus possessões diabólicas, o herege, estamos envoltos dos mesmos debates, pelo poder hegemônico-religioso, conquistar uma massa de fiéis resignados na embriaguez ilusória.
Não é possível termos uma prática hegemônica, porque temos hoje o pluralismo e diversidade humana.
Demanda como excluídos da sociedade.
Demanda como exploração monetária.
Demanda que questiona o racionalismo positivista cientifico.
A demanda que procura terapias alternativas: desordem da falta de sentido de sua existência, não há um sentido para sua subjetividade, seus problemas com o trabalho, com o patrão, com seus filhos, com uma doença física.
Na terapia alternativa este sentido pode encaminhar para um ordenamento através de uma lei cósmica que irá harmonizá-lo, algo que transmuta o sujeito, sua subjetividade enquanto ser humano, que não é responsabilidade dele e isso o liberta momentaneamente para uma outra prisão de si mesmo.
Em psicanálise, o sujeito descreve sua biografia, e na sua autobiografia traz em seu discurso pela linguagem do inconsciente, que vem de encontro ao sentido de seu sofrimento.
Freud, nos ensinou, somos escravos do nosso inconsciente.
O xamã e o psicanalista trabalham no mesmo registro: o mito.
O xamã no mito coletivo, tenta resignificar no sujeito o mito dele dentro do coletivo.
O psicanalista examina o mito da subjetividade e resignifica o mito, dentro da subjetividade do mundo individual do sujeito.

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Marina S. R. Almeida

Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar

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