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Não é por modismo nem tão pouco por idealismo. Discutir a questão da ética nas relações humanas é uma ordem para a sobrevivência, são anseios da humanidade.

Ethos = ética, em grego designa a morada humana. O ato de preparar e construir um abrigo protetor e permanente. Portanto não está pronto, é um processo de cada um de nós na construção de atitudes que ajudam a tornar melhor nosso mundo materialmente sustentável, psicologicamente integrado e fecundo.

A ética  ética nas relações humanas não se confunde com a moral.

A moral é a regulação dos valores e comportamentos considerados legítimos por uma determinada sociedade, um povo, uma religião, uma tradição cultural, etc.

A ética  ética nas relações humanas é uma reflexão crítica sobre a moralidade.

O principal regulador do desenvolvimento histórico-cultural da humanidade tem sido mantido através das atitudes éticas. Ex. Eu posso fazer isto, mas não devo!

Respeitar a interdição do ato é a “nossa morada”, optarmos por uma atitude ou comportamento é  muito diferente de não fazê-lo porque  existia uma proibição normativa (moral).

Ética implica em assumirmos a responsabilidade da escolha por nós mesmos independente da moral.

Porém, é verdade que a ética por si só não garante o progresso moral da humanidade. Os seres humanos podem concordar sobre princípios como: justiça, igualdade de direitos, dignidade da pessoa humana, cidadania plena, solidariedade, etc. Isto conduz a possibilidades para que esses princípios possam ser colocados em prática, todavia não garante que todos cumpram sua parte.

Partindo dos pressupostos acima, qual a estratégia que poderíamos pensar para tentar resolver ou minimizar os problemas de indisciplina nas escolas, o desrespeito com pais, professores, autoridades, ao bem comum ?

Sabemos que para criar um valor é necessário desenvolvermos um sentimento humano, uma aproximação sincera, uma parceria com finalidade comum. Para tanto precisamos nos mobilizar através do ENVOLVIMENTO, AFETO e do DIÁLOGO, base inicial como tarefa para o educador de hoje.

Essa condição exige do educador uma nova aprendizagem: aprender os “dialetos” culturais dos alunos, desenvolver uma escuta tolerante, dissolver as críticas e estigmas através de questionamentos das responsabilidades, do respeito, dos sentimentos que nos afetam.

Tal domínio, por sua vez, estará subordinado a um objetivo maior, o de propiciar condições para que os alunos possam desenvolver seu autocontrole, sintam-se sujeitos-cidadãos críticos, participativos, ativos, no mundo.

Outro fato que precisamos destacar está associado à possibilidade das novas identificações adultas com esse educador, um modelo mais tolerante, flexível, que dá valor a voz, ao pensamento e ao respeito.

Desta maneira, cidadania tem relação com conquista de qualidade de vida que preserva a dignidade humana, a natureza e o meio ambiente.

Podemos nos perguntar:

Que ser humano esta sendo gerado nas famílias? Que ser humano nossas escolas ou nosso Sistema Educacional está formando? E nossa sociedade?

São indagações profundas que implicam respostas complexas, mas cujas saídas podem estar neste compromisso ético com cada um de nós.

Formar cidadãos é formar indivíduos capazes de partilhar a sociedade, suprindo suas necessidades vitais, culturais, sociais e políticas, para a construção de uma nova ordem social.

Os direitos humanos segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos ONU de 1948, são os pilares éticos de qualquer projeto democrático que privilegia a educação, as formas de convivência social, a comunicação, a interação, o respeito pela diferença e pluralidade, as decisões em grupo, a solidariedade e a justiça social.

Enfim, se cada um de nós incorporarmos esses princípios como uma atitude prática diante da vida, provavelmente teremos consequências benéficas para todos, numa verdadeira ética nas relações humanas.

Entre em contato comigo por WhatsApp (13) 991773793, atendimentos de psicoterapia online e presencial para adultos maiores de 18 anos.

Marina S. R. Almeida

Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar

Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista

CRP 41029-6

INSTITUTO INCLUSÃO BRASIL

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