ERA UMA VEZ UM ADOLESCENTE NUMA CASA BEM PRÓXIMA DA GENTE…
Se me dessem escolha, eu preferia ser cibernético a 100% humano. Um pouquinho humano o resto puro cibernético.
Eu gosto da idéia da tecnologia, da net e ainda mais fazendo parte do meu corpo.
Lá em casa meu pai, constantemente tem que correr até caixa de ferramentas. Se ele fosse um Pai cibernético, ele poderia ter uma furadeira elétrica no braço, além de um jogo de chaves de fendas. Poderia também ser uma politriz porque ele adora ficar lustrando o carro, e para emprestar o carro é aquela guerra. Eu também não teria problemas com os arranhões que faria com o carro, porque meu Pai cibernético arrumaria tudo, sem encher minha paciência. Portanto não me regularia se eu saísse sem a carta de motorista.
Minha mãe cibernética por exemplo, adoraria, ter um braço com escova de secador. Faria escova no cabelo a hora que quisesse! A Mãe cibernética poderia deixar suas ladainhas gravadas em podcasts, assim não precisaria ficar repetindo toda hora: guardou as suas coisas, estudou, tome cuidado, chegue na hora, tomou o remédio, quem ligou, olha o preço das coisas você não dá valor a nada que compramos para você, já tomou banho…
Qualquer desentendimento com meus pais, eu ia lá e os desligaria, até deletaria, depois eu recuperaria os arquivos. Ia ser DEZ! Mas pensando bem, eles também poderiam fazer isto comigo!? Ah, pula esta parte, kkkkkk
Eu adoraria ter um olhar de raio laser, acho que em 3 dimensões… Toda vez que alguém que eu odiasse, me irritasse, contrariasse… Eu então me programaria e acionaria meu alvo laser. Colocaria o alvo em mira e ziiiim. Detonaria o tal ser humaninho…idiota.
Também seria fantástico se pudesse ter meu computador interligado ao meu cérebro, aliás já tem pesquisas sobre isso, Tô ligado! Dessa forma eu poderia surfar pela net durante períodos chatos da vida, como aqueles em que os meus pais ficam passando um sermão sem fim, quando tenho que estudar, fazer tarefas, etc…
Durante uma conversa chata, tudo o que eu teria que fazer era balançar a cabeça para baixar um download de músicas mp3, ficaria ouvindo um som, um filme, ou ficar em meu mundo de realidade virtual que é bem legal.
Eu acho que se as pessoas pudessem se tornar cibernéticas fariam uma fila danada para pegar a senha de conversão. As crianças ficariam as mais engraçadas, iriam querer virar brinquedos, super poderosas, meninos pokemons, super heróis, andrógenos… Os adultos só iriam querer coisas pela utilidade prática, custo, redução de tempo, poder e claro, obviamente sexo. Os velhinhos desejariam uma lataria nova, mais potente, cadeiras de rodas motorizadas, respiradores, ah sei lá. E os jovens naturalmente programas de softwares com muitas aventuras, adrenalinas, sexo, paixões, amigos bem legais!!!
O único lado ruim que eu vejo é quando alguém, digo a parte humana morresse e você estivesse no funeral. Acho que a parte cibernética do falecido tentaria sair do caixão para animar e consolar todos os presentes. Mas, poderíamos diminuir o risco de não pagar este mico, dizendo que temos um encontro importante e não podemos comparecer ao funeral.
Para ter uma namorada seria fácil, era apenas planejar e programar o software com o perfil que eu quisesse. Ficaria um pouco com a gataciber e depois deletava. Me livraria das doenças sexualmente transmissíveis e AIDS. Adeus às camisinhas…
As meninas cibernéticas se achariam o máximo, dores de menstruação jamais. Isto estaria fora da programação do software. Só um hardware muito escultural, sem dietas e sem malhação.
Gravidez, muito fácil, somente ir ao banco de sêmen e óvulos, encomendaria uma barriga de aluguel e teria um bebê super dotado, porque não sou bobo nem nada.
Piercings e tatuagens seriam a loucura. Estaria lotado com tantos piercings, aliás fundamental para segurar toda carcaça. Ah! as “tatoos” seriam meus códigos de barras.
A fissura seria uma descarga elétrica, direto do interruptor do seu quarto. Duzentos e vinte volts de descarga. Uau! Quase eu ia torrar.
Legal demais, até eu contar este sonho para meus pais… falaram que até seria bom, mas isto tudo não duraria muito. Porque todos se enjoariam de fazer o que dava na “telha”, viver o mundo do prazer eternamente. Gente precisa de gente e iríamos nos sentires sozinhos, talvez uns zumbis!? Ou hacker humanos, kkkk, tipo um ciber humano idiota, só programado para sentir o que os outros esperam de nós. Não tinha levado em consideração que o mundo poderia fazer isso com a gente, quando capturam nossos dados sensíveis o tempo todo, nossos algoritmos estão registrados em toda parte, e o pior em nosso celular, iphone que a gente não larga para nada, deixamos nossos rastros por todo lugar na internet. Vixê!!!
Não teria mais amor, só programação, competição, violência, ambição, marginalização e miséria de milhares de pessoas. Não tinha pensado nisto, foi até bom eu conversar com meus pais, não tinha levado isso em consideração.
Tudo seria artificial e desumano. Não teria continuidade, vínculo, tudo aparentemente fácil, descartável e rápido. Ninguém para nos ensinar com suas experiências de vida, não teríamos nossa história, brigas, abraços, carinho e lutar para construir nossos sonhos. Ninguém para nos proteger, dar limites, torcer, sentir nossa falta, ter saudades, dar risadas, desejar estar junto, ter esperança, estar em grupo, ver a gente nascer, crescer e morrer.
Puxa! O mundo seria todo digitalizado, controlado em rede. Perderíamos nossa liberdade, todos iguais e programados.
A guerra por espaço virtual e holográfico, seria fatal.
Talvez sobrasse meia dúzia de pessoas humanas e milhões de computadores.
Afinal de contas, este sonho está parecendo realidade!
O que poderíamos fazer para nossa vida ser mais humana?
E vocês o que acham? O que pensam destas questões?
As crianças e os adolescentes estão em pleno desenvolvimento, biopsicossocial, isto significa estarem muito vulneráveis aos estímulos. Carregam em si potenciais construtivos, destrutivos, reparadores, criativos, de vida e de morte.
Nossa qualidade de vida no mundo melhorou, mas diminuiu as relações humanas e de afeto.
Os jovens são o termômetro de uma sociedade.
Hoje os adolescentes passam por sérios conflitos, sentem – se sozinhos, questionam todas as formas de autoridade, a violência banalizada, há muita insegurança no futuro.
A democracia, a evolução da tecnologia e os meios de comunicação estão passando por modificações.
Tudo repercute em nós.
A falta de critérios, impunidade social, e alguns segmentos da mídia, interferem na constituição das relações éticas e são fatores geradores de violência.
Isto acarreta efeitos no imaginário coletivo e na formação da mentalidade do jovem…
a falta de amor, de comida, de trabalho, de saúde, de valorização, de confiança, de solidariedade…
Levam o ser humano ao ódio, a rigidez, ao desamparo, a busca pelo prazer a qualquer preço, a corrupção, a revolta.
As drogas, sexo inseguro, riscos ao dirigir um carro, gravidez precoce, abandono dos estudos, piercings, tatuagens, agressividade, o suicídio e aquele adolescente muito bonzinho…
Podem ser expressões de que estão desesperados, de que não estão sendo ouvidos!
Uma sociedade chamada adulta, precisa assumir responsabilidades na qualidade de vida que oferece para o ser humano.
Portanto, é uma questão de responsabilidade individual e social, de todos!
Precisamos parar e pensar nossa realidade atual, só então revermos nossas relações com o cotidiano.
Tudo começa em casa:
Os pais são amados, odiados, desafiados.
Mesmo quando os pais morrem sofremos as influências no nosso mundo mental.
Em nossa vida, buscamos nossas realizações a partir destas primeiras experiências.
Os pais x os adolescentes
Conflitos de gerações!
•A perda do corpo infantil
•A perda da identidade
•A perda dos pais da infância
Adolescência normal
Evolução do estado adolescente
•A comunicação x o dialeto jovem
•Formação dos grupos “o nós”
• Afeto dos pais
•O consumismo x frustração
•Limites de quem?
•Revoltado x bonzinho
•Agressividade x independência
O ser humano é uma construção através de si e do outro.
A identidade é singular e plural.
O jovem precisa de amor, escuta, respeito, atenção, entendimento, repetição, novidade, desafios, responsabilidade, confiança.
A capacidade que temos de suportar o estímulo e responder é onde entra o pensar.
Precisamos de espaços humanos e sistemas sociais que desencadeiem potenciais criativos nos jovens
Para ninguém ficar angustiado…
Todos aqui foram bem cuidados! Porque conseguiram renunciar o clube, o lazer, as compras, para virem até aqui se dedicarem a este momento de pensar a realidade do adolescente e de nossa vida atual.
A grande maioria dos jovens vai se desenvolver conforme seu início de vida, das relações com seus pais, do ambiente e das oportunidades.
Precisamos preparar os filhos para enfrentar a vida.
O adulto que tem maturidade, desenvolve a capacidade de saber esperar, aguarda o crescimento, é criativo, dá espaço amoroso, permite a realização dos filhos.
Você sabia:
Que só existem dois dias do
Ano sobre os quais nada pode ser feito?
É o ontem e outro é o amanhã.
Portanto, hoje é o dia certo para você:
Amar, sonhar, ousar, produzir e acima de tudo…
Acreditar!!!
Tente e depois me conte…
Está com problemas com seu(sua) filho(o) adolescente?
Entre em contato comigo, Psicóloga Marina Almeida, WhatsApp (13) 991773793 e agende uma consulta presencial ou on-line.
Marina S. R. Almeida
Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar
Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista
Licenciada no E-Psi pelo Conselho Federal de Psicologia para atendimento de Psicoterapia on-line
CRP 06/41029
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