A transição para a idade adulta para indivíduos com transtorno do espectro autista é difícil e os resultados são preocupantes.
Os déficits de cognição social e disfunção executiva continuam sendo barreiras para o sucesso dos jovens, a falta de aceitação social e a perda de apoio anterior podem exacerbar a condição e aumentar os problemas de saúde mental como ansiedade, depressão, transtorno afetivo bipolar dentre outros.
Todas as áreas do funcionamento adulto são afetadas: vida erótica-afetiva, relacionamentos sociais (família, filhos amigos), no trabalho, empobrecimento de lazer e grave isolamento social. Aumento de desenvolvimento de comorbidades e alterações significativas na sobrecarga sensorial, portanto aumentando as crises emocionais/colapsos (shultdown e meltdown).
Para ajudar a gerenciar a transição e melhorar os resultados para essa população, os psiquiatras, neurologistas, psicólogos e outros profissionais de saúde precisam estar cientes dos problemas e das possíveis intervenções, incluindo treinamento em habilidades sociais, programas de transição educacional e programas de emprego apoiados.
Os resultados encontrados em indivíduos com transtorno do espectro do autismo (TEA) na transição para vida abriram uma série de caminhos potenciais durante a transição para a idade adulta. Estes incluem frequentar a faculdade, entrar na força de trabalho e alcançar um grau de vida independente e social. Indivíduos com menos capacidade cognitiva podem ser elegíveis para benefícios estatais e precisam de programas de emprego apoiados. Aqueles que frequentam a faculdade precisam de apoio e planejamento cuidadosos com mediadores.
Meninas e mulheres com autismo geralmente não são diagnosticadas, ou são diagnosticadas erroneamente ou recebem um diagnóstico de autismo em idade avançada. Isso pode resultar em resultados adversos em seu bem-estar, saúde mental, educação, emprego e independência.
O diagnóstico da condição/transtorno do espectro do autismo, com suas características atuais ligadas às descrições nos principais sistemas de classificação de diagnóstico, é baseado principalmente em observações e pesquisas em homens.
A pesquisa mostra que o autismo no sexo feminino tem sintomatologia única e se manifesta de forma diferente, mais sutil, principalmente em meninas e mulheres de alto funcionamento, ou seja, aquelas com fala fluente, quociente de inteligência médio ou acima da média. Também mostra estereótipos diagnósticos e falta de sensibilidade necessária para identificar mulheres autistas. Além disso, eles não refletem a apresentação única do autismo em mulheres demonstrada por uma maior capacidade compensatória e uma capacidade de desenvolver métodos sofisticados de ‘camuflagem’ e mascaramento.
O autismo em mulheres está associado a alta comorbidade durante a adolescência, incluindo transtorno de ansiedade, transtorno de tiques, depressão, alta incidência de suicídio, transtornos alimentares e altas taxas de outros problemas médicos.
Os profissionais precisam estar familiarizados com as necessidades exclusivas dos jovens adultos com TEA. Mais pesquisas devem tentar definir as prioridades de indivíduos e famílias com TEA fazendo essa transição e esclarecer o valor dos apoios, intervenções existentes e terapias de intervenção necessárias para a transição a vida adulta.
Fontes:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28314459/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32169266/
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Marina S. R. Almeida – CRP 06/41029
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