O segundo volume da coletânea Escrevo, logo existo amplia os horizontes inaugurados na obra anterior, deslocando o foco da interioridade para o coletivo, o histórico e o político. A palavra feminina, antes íntima e sussurrada, agora ecoa em espaços públicos e institucionais, revelando urgências sociais e enfrentando estruturas de exclusão e desigualdade.
Este volume nasce do gesto insurgente de escrever com o corpo em estado de combustão simbólica. Os textos reunidos se recusam à domesticação e abordam temas como loucura, solidão, parto, morte, cura e política, sempre a partir das margens e dos excessos. A escrita torna-se campo fértil de invenção e resistência.
A obra está organizada em cinco eixos temáticos:
- Subjetividades em Movimento: Literatura, Insurgência e Transformação
Aborda as rupturas vividas pelas mulheres diante da maternidade, da loucura, da reinvenção do corpo e da linguagem, revelando a potência transformadora da escrita. - Reexistências Femininas: Política, Poder e Perspectivas Descoloniais
Apresenta estratégias de resistência em contextos marcados por silenciamento institucional, como o Estado, a academia e os territórios políticos. - Corpo que Conta: Maternidades, Abismos e Transformações
O corpo feminino é tratado como linguagem viva, espaço de memória e significação. Corpos que abortam, envelhecem, desejam e espiritualizam são protagonistas desta seção. - Ventre de Vozes: Escritas de Identidade e Pertencimento
As identidades femininas se multiplicam e desafiam categorias normativas, criando narrativas que reencantam a experiência de ser mulher.
Neste eixo, destaca-se a contribuição da Psicóloga, Neuropsicóloga e Psicanalista Contemporânea Marina da Silveira Rodrigues Almeida, autora do capítulo 12, intitulado Mulheres e o tempo: transformações, envelhecimento e identidade feminina na contemporaneidade. Sua análise oferece uma reflexão sensível e crítica sobre os processos identitários da mulher ao longo do tempo, abordando o envelhecimento como experiência subjetiva e social, e propondo novas formas de compreender a feminilidade na atualidade. - Literatura como Ato de Resistência: Infância, Raça e Reescrita
A infância negra, os traumas coletivos e os saberes marginalizados são abordados como forças poéticas e políticas que reescrevem o mundo.
A coletânea reúne corpos e textos que se recusam à docilidade. Eles narram histórias, verdades e mentiras necessárias, compondo uma travessia entre o silêncio e o canto, entre a denúncia e o encantamento. A literatura aqui é luta, chão e abrigo para dores e delírios que não encontram espaço nos discursos oficiais.
Mais do que explicar o mundo, este livro propõe refazê-lo por meio de uma escrita múltipla, encarnada, simbólica e corajosa. É uma obra que pulsa com firmeza e vertigem, com delicadeza e raiva, e que convida cada leitura a ser um passo adiante na jornada de resistência e reinvenção.
Os Organizadores
Wiliam Alves Biserra
Professor Adjunto de Literaturas de Língua Inglesa na Universidade de Brasília.
Andréa Cerqueira
Mestranda em Literatura Comparada na Universidade de Brasília.
Dirce Maria da Silva
Doutoranda em Literatura Comparada na Universidade de Brasília.
Link da Editora Schreiben: para baixar o livro gratuitamente ou comprar seu exemplar físico:
Site da Editora Schreiben:
https://www.editoraschreiben.com
ESCREVO, LOGO EXISTO: NARRATIVAS FEMININAS SEM FRONTEIRAS – Volume 2
A psicóloga Marina Almeida oferece atendimento clínico presencial em São Vicente – SP e online para todo o Brasil, com foco em adultos neurodivergentes e saúde emocional.
Marina da Silveira Rodrigues Almeida – CRP 06/41029
Psicóloga Clínica, Escolar e Neuropsicóloga, Especialista em pessoas adultas Autistas (TEA), TDAH, Neurotípicos e Neurodiversos.
Psicanalista Psicodinâmica e Terapeuta Cognitiva Comportamental online.
Realizo Avaliação Neuropsicológica online para pessoas autistas adultas ou TDAH e psicoterapia online.
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