Ultimamente há um número crescente de adultos com Transtorno do Espectro Autista-TEA que estão sendo diagnosticados, portanto são pessoas que viveram toda a vida com o autismo sem procurar qualquer tratamento. Isso significa que certos comportamentos estão arraigados na pessoa com autismo e precisa de intervenções profissionais para ter uma qualidade de vida saudável, melhorar suas habilidades socioemocionais, profissionais e relacionamento erótico-afetivo.
Leia o artigo neste blog: “Autistas Adultos e Idosos alto risco de condições de saúde mental e física” – https://institutoinclusaobrasil.com.br/autistas-adultos-e-idosos-alto-risco-de-condicoes-de-saude-mental-e-fisica/
A Psicóloga Marina Almeida é especialista em Transtorno do Espectro Autista. Realizo psicoterapia online ou presencial para pessoas típicas e neurodiversas.
Realizo avaliação neuropsicológica online e presencial para diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista em Adultos e TDAH.
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Os sintomas comuns do TEA em adultos incluem:
- Dificuldade em resolver problemas
- Problemas para fazer previsões precisas
- Dificuldade de empatia com os sentimentos e emoções dos outros
- Dificuldade em usar habilidades de raciocínio verbal de alto nível
- Ansiedade em situações sociais, dificuldade em participar de conversas gerais e “conversa fiada”
- Tendência a ficar estressado ou irritado quando as rotinas são alteradas
- Muito apaixonado por hobbies ou interesses específicos
- Inteligência na média ou acima da média
Embora nenhum desses sintomas seja indicativo de qualquer coisa que impeça a pessoa com autismo de ter um relacionamento romântico feliz, algumas das características, certamente tornarão o relacionamento um desafio maior.
Por exemplo, se a esposa é muito sociável e adora sair e conversar com outras pessoas, enquanto o marido com TEA se sente desconfortável e odeia essas situações, podem surgir discussões frequentes. O marido pode permitir que comentários inadequados escapem e sejam vistos como rudes, estressando ainda mais a esposa.
Todos, independentemente de serem autistas ou não, têm dificuldades em se relacionar com os outros. É preciso investimento afetivo de ambos, diálogo, flexibilidade e respeito para fazer qualquer casamento dar certo.
As pessoas que se enquadram no espectro do autismo tendem a ter mais dificuldades, mas isso não significa que não possam ser felizes nos relacionamentos. Aqueles com TEA lutam com a habilidade de bater papo, então pode ser um desafio para eles formar relacionamentos em primeiro lugar. A dificuldade de entender os sinais sociais também pode tornar a comunicação um tanto desafiadora.
Um relacionamento saudável entre uma pessoa com autismo e uma pessoa sem autismo (neurotípica) exige compreensão, respeito e comunicação mútuos. Às vezes, o parceiro que não tem autismo pode se sentir deprimido, rejeitado, solitário e isolado enquanto luta para entender o conjugue.
Pessoas com autismo tendem a evitar o toque, portanto, menos contato físico do que a pessoa deve estar acostumada. A importância da intimidade sexual pode ser perdida para alguém no espectro do autismo, então isso é algo que também precisará ser discutido.
Se você suspeita que seu parceiro esteja dentro do Transtorno do Espectro Autista não diagnosticado, obter um diagnóstico será o primeiro passo. Não tente ser onipotente e achar que poderá levar em frente o relacionamento conjugal, namoro se o outro conjugue não aceitar qualquer ajuda ou continuar negando os sofrimentos, conflitos do relacionamento. Não podemos mudar as pessoas ou impor nossos desejos e necessidades. Então a melhor opção para o parceiro neurotípico é buscar psicoterapia individual e avaliar se deve continuar neste relacionamento.
Fale com um psiquiatra, neurologista, psicólogo ou neuropsicólogo especializado em transtornos do espectro do autismo. Após o diagnóstico, seu parceiro precisará de terapia individual e tratamento especializado, conforme necessário para entender suas singularidades, potencialidades e déficits da condição neurodiversa.
Você também deve considerar ir a sessões de terapia individual para obter suporte adicional e ajudá-lo a aprender a comunicar suas necessidades ao seu cônjuge e respeitar seus limites e necessidades que não estão sendo atendidas afetivamente.
Aqui estão algumas outras dicas para lidar com o fato de ter um cônjuge no espectro do autismo:
- Comunique suas necessidades diretamente. Faça isso verbalmente ou por escrito. Não dê insinuações para alguém com TEA – eles simplesmente não entenderão e isso os deixará frustrados.
- Comunique de forma objetiva e por escrito o quanto é importante seu cônjuge procurar ajuda e realizar um diagnóstico com especialista. Elenque as vantagens de obter um diagnóstico de TEA. Aqui neste blog você encontrará o artigo “Vantagens do Diagnóstico de Autismo/TEA em Adultos“.
- Faça uma lista dos conflitos apresentados, das possibilidades positivas do relacionamento e o quanto isso poderá melhorar se forem buscar psicoterapia individual com especialistas em autismo.
- Quando você se comunicar, tente não demonstrar muita emoção. Isso ajudará seu parceiro a processar o que você está dizendo com mais facilidade.
- Entenda que sua outra metade tem mais probabilidade do que a maioria de se tornar obsessiva por um hobby. Tente não levar para o pessoal. Se isso se tornar um problema, comunique seus pensamentos claramente e explique por que o hobby toma tempo para você e sua família.
- Esteja ciente de que seu parceiro com TEA provavelmente ficará zangado se você se atrasar alguns minutos para alguma coisa. Você pode aliviar o estresse combinando um horário menos rígido para o encontro, como dizer “Encontro você no almoço entre 12h15 e 12h30”. Ainda assim, o atraso acontece devido ao tráfego e outros problemas imprevistos. Quando isso acontecer, explique em detalhes o que aconteceu para atrasá-lo. Pessoas com autismo geralmente têm problemas em se relacionar com situações que não as envolvem.
- Estabeleça regras claras sobre a paternidade/maternidade. Se você pretende ter filhos com um cônjuge que se enquadre no espectro, esteja ciente de que ser pai ou mãe pode ser uma luta para alguém com TEA. Os problemas com os pais podem surgir quando as rotinas e os horários são interrompidos ou mudam. É importante que a situação seja explicada a seus filhos à medida que crescem, para que possam compreender melhor. O parceiro com TEA pode ter dificuldades em lidar com os filhos afetivamente ou suportar choros, barulhos e ou imprevisibilidade. Comunicar e concordar com as regras antes de ter filhos ajudará a tornar a transição um pouco mais fácil.
- Procure apoio! Considere ingressar em um grupo de apoio, ou psicoterapia online ou presencial com um psicólogo especialista em autismo em adultos. Ter pessoas para conversar que estão em uma situação semelhante ajudará a aliviar o estresse e os sentimentos de solidão e isolamento.
- Um diagnóstico de TEA não significa necessariamente o fim de seu relacionamento ou que tudo possa ser resolvido, dependerá da dupla de fato se envolver numa aposta conjugal, cada um tem 50% de responsabilidade.
- Dedicar algum tempo para aprender como se comunicarem irá fortalecer seu vínculo e fornece a base para uma bela parceria, desde que ambos estejam envolvidos.
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