PSICOPEDAGOGIA E OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM

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A Psicopedagogia é uma abordagem de fundamental importância para intervir nos Transtornos de Aprendizagem.

Os Transtornos de Aprendizagem mais comuns são: a Dislexia, a Discalculia e o Transtorno de Déficit Atenção Hiperatividade – TDAH, mas existem outras dificuldades de aprendizagens mais brandas ou mistas.

A Psicopedagogia utiliza-se dos fundamentos da Epistemologia Genética Piagetiana que vem contribuir para a compreensão das principais causas da não aprendizagem, bem como das mais frequentes dificuldades que podem aparecer em um estudante.

Dentre estas dificuldades podemos ressaltar a questão do funcionamento da escola e inabilidades do professor, por vários motivos, como por exemplo, falta de estratégias, uso de método único para alfabetização, uso de apostilas e sistemas prontos de educação, falta de materiais adaptados e concretos, formas de avaliações são apenas trabalhos ou provas e o currículo geralmente é inflexível. Estas características definem uma escola como conteudista. Portanto isso, não vem atender as necessidades e a singularidade de cada estudante.

Como Psicopedagoga observo nas escolas que a metodologia comumente aplicada ao ensino não está compatível ao que se espera para uma educação de qualidade. A maioria das escolas são tradicionais e não utilizam um plano de ensino individualizado, respeitando o estilo de aprendizagem e ritmo do estudante, muito menos se valem da Teoria das Inteligências Múltiplas.

A Psicopedagogia também utiliza escopos teóricos da Psicanálise, que ajudam na compreensão do vinculo do aluno com o professor e vinculo com a aprendizagem. A Psicopedagogia e Psicanálise interessam–se pelo desejo de aprender do sujeito, suas relações vinculares afetivas, sua construção do conhecimento e sobre o desejo epistemofílico da criança (desejo de conhecer e ter curiosidade).

Não podemos deixar de mencionar o papel que o erro tem na aprendizagem, ao qual a Psicopedagogia entende do ponto de vista construtivista, portanto consideramos uma etapa para aprender com o erro. Este “erro” tem um processo que levou a criança construir. A escola faz exatamente ao contrário, o erro é considerado não aprendizagem, a criança é punida por isso e recebe uma nota ruim porque não aprendeu. Obviamente se a criança não aprendeu foi porque a escola e o professor foram ineficazes em ensiná-la e compreendê-la de maneira que ela pudesse construir seu conhecimento.

Os Transtornos de Aprendizagem ou Dificuldades de Aprendizagem afetam um número substancial de crianças. Essas dificuldades são heterogêneas podendo ser leve, moderada ou graves, gerais ou específicas, de curta ou longa duração.

O importante para a Psicopedagogia é o entendimento de que todas as crianças sejam reconhecidas como um ser singular e irrepetível, que para cada uma a especificidade da intervenção de seu Transtorno de Aprendizagem será único, podendo assim ser construído um plano terapêutico que venha atender suas necessidades, dificuldades, ritmo e possibilidades. O fato, por exemplo, de uma criança ser disléxica, não quer dizer que todas as crianças disléxicas sejam iguais e apresentam igualmente o mesmo ritmo, dificuldades e competências.

Buscamos na Avaliação Diagnóstica Psicopedagógica a interação entre a tarefa de aprendizagem, a criança, o meio ambiente escolar e familiar, uma vez que a criança é vista como um sujeito contextualizado.

Além do mais, as possíveis intervenções Psicopedagógicas a serem feitas estarão direcionadas aos aspectos detectados na avaliação.

Realizarmos as intervenções Psicopedagógicas com a criança através das modificações das habilidades, manejos eficientes para aprender, estimulando a autonomia do pensamento, fortalecendo sua autoestima, elaborando seus sentimentos, permitindo aparecer seus desejos para construir seu conhecimento e sua expressão criativa.

A Psicopedagogia também precisa entender o ambiente familiar e escolar, só assim a criança também encontrará a apoio para avançar na aprendizagem, porque é o contexto no qual a criança e a tarefa interagem.

A compreensão do ambiente escolar e familiar é importante em dois aspectos:

O meio pode ser em alguns casos, o fator agravante do problema de uma criança. Se este é o caso, então a intervenção deve ter por objetivo mudar tanto quanto possível os fatores ambientais que contribuem para a dificuldade da criança.

Mesmo se o meio não for um fator que contribui para uma dificuldade de aprendizagem, muitas vezes é possível modificá-lo de tal maneira que facilite a aquisição da habilidade que a criança não tem ajudando-a em seu desenvolvimento.

Finalizando, uma ultima consideração a ser feita, é que as equipes de profissionais da escola ou especialistas da saúde que trabalham com crianças que apresentam Transtornos de Aprendizagem não as vejam atomizadas, ou seja, cada profissional com o seu olhar, defendendo posturas isoladas. Mas, que todos os profissionais, apesar das divergências teóricas e/ou práticas, encontrem planos de ações interativos que auxiliem a criança na sua integridade como ser humano, sujeito de sua história e não como objeto de intervenções escolares ou de especialistas parciais e desconectadas.

Atendimento de psicoterapia on-line ou presencial somente para adultos maiores de 18 anos.

Marina S. R. Almeida

Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar

Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista

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Respostas de 2

    1. Bom dia! Jucileide
      Por gentileza, entre em contato comigo por WhatsApp +55 13 991773793 que minha secretária enviará informações.
      Um abraço carinhoso e inclusivo.
      Att.
      Marina S. R. Almeida
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