TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR: QUANDO BUSCAR PSICOTERAPIA

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O Transtorno Afetivo Bipolar é uma enfermidades em que existem uma alteração do humor, da energia, do ânimo e do jeito de sentir, pensar e se comportar.

Acontecem como crises únicas ou cíclicas, oscilando ao longo da vida da pessoa. Podem ser episódios de depressão ou de mania.

Na fase de depressão a pessoa sente tristeza exagerada, ideação suicida, isolamento e desânimo. Os comportamentos são de choro, baixa auto estima, procrastinação, medo, isolamento, mau humor, irritabilidade e pensamentos suicidas.

Na fase da mania há um aumento da energia e euforia anormal, sente-se muito alegre, poderoso, expansivo, criativo, impulsivo e grandioso. Os comportamentos são de aumento da libido sexual buscando sexo compulsivo muitas vezes sexo sem proteção e segurança, uso de álcool e drogas, gastos financeiros desmedidos, agressividade, comportamentos violentos, também poderão tentar suicídio.

Na maioria dos pacientes pode aparecer mais o quadro de depressão e alguns têm surtos de manias ocasionalmente.

O termo mania não significa “mania de fazer alguma coisa” ou algum tique – é simplesmente o nome da fase de euforia do Transtorno Afetivo Bipolar ou antes chamada de doença maníaco-depressiva.

Por vezes, o paciente com Transtorno Afetivo Bipolar poderá ter sintomas depressivos e maníacos simultaneamente, os chamados estados mistos.

Os sintomas de euforia e depressão podem variar de um paciente a outro e no mesmo paciente ao longo do tempo, muitas vezes confundindo a ele e seus familiares.

Prevalência e Incidência

Os Transtornos Afetivos ou do Humor atingem mais de 20 % da população em algum momento da vida.

As depressões são duas vezes mais comuns em mulheres que homens, iniciam-se em geral entre os 20 e 40 anos de idade e vitimam 16 a 18 % das pessoas.

Transtorno Afetivo Bipolar tipo I atingem igualmente 1 a 2 % dos homens e mulheres e começam geralmente entre 15 e 30 anos de idade.

Ao redor de 5 % da população pode desenvolver a forma Transtorno Afetivo Bipolar  bipolar tipo II, mais comum em mulheres.

Apesar de infrequentes os Transtorno Afetivo Bipolar atingem crianças, com sintomas ansiosos e irritabilidade predominante.

O tratamento deverá ser: acompanhamento psiquiátrico, uso de medicação e psicoterapia, sem este tripé de intervenções obtêm-se pouco resultado e o paciente ficará apenas dependente de medicações psicotrópicas ou a doença progride comprometendo a vida da pessoa.

Etiologia

A etiologia do Transtorno Afetivo Bipolar ainda não é conhecida, mas muitos estudos apontam para a existência de disfunções complexas, incluindo alterações nos receptores e nos pós-receptores de neurotransmissores.

Do ponto de vista fisiopatológico, postula-se que o Transtorno Afetivo Bipolar está relacionado a disfunções nos circuitos cerebrais relacionados à regulação das emoções. Considerando-se que há diferenças importantes na maneira como as emoções são vivenciadas e expressas em diferentes culturas, é natural inferir que o diagnóstico de Transtorno Afetivo Bipolar e seu manejo se encontram sob influência de fatores culturais.

Os resultados de estudos de famílias sugerem que o Transtorno Afetivo Bipolar tenha uma base genética. Essa hipótese foi reforçada em estudos de adoção e de gêmeos.

A herança do Transtorno Afetivo Bipolar é complexa, envolve vários genes, além de apresentar heterogeneidade e interação entre fatores genéticos e não-genéticos. Achados, que já foram replicados, já implicaram os cromossomos 4, 12, 18 e 21, entre outros, na busca por genes de suscetibilidade. Os resultados mais promissores foram obtidos através de estudos de ligação.

Por outro lado, os estudos de associação geraram dados interessantes, mas ainda vagos. Os estudos de populações de pacientes homogêneos e a melhor definição do fenótipo deverão contribuir para avanços futuros. A identificação dos genes relacionados ao transtorno afetivo bipolar irá permitir o melhor entendimento e tratamento dessa doença.

Transtorno Afetivo Bipolar: na infância, na adolescência ou na idade adulta

O Transtorno Afetivo Bipolar na infância é pouco diagnosticado visto ser uma época estratégica da vida do ser humano. É quando se dá um grande desenvolvimento físico, psicológico e mental, concomitantemente ao aprendizado básico indispensável para todos os que se seguirão por toda vida.

A relevância da observação dos comportamentos e aquisições intelectuais da criança e do adolescente feita por pais e professores é imensa, mas não substitui uma avaliação médica e de psicólogos especialistas em diferentes áreas, quando estes comportamentos fogem da freqüência e intensidade usuais.

Aqui no Instituto Inclusão Brasil – Consultório de Psicologia, Psicanálise e Psicopedagogia, realizamos atendimentos para o Transtorno Afetivo Bipolar, para crianças, adolescentes e adultos.

Até alguns anos atrás, poucas eram as doenças mentais reconhecíveis na infância. Com o aumento das pesquisas e o incremento de estudos científicos, os diagnósticos de vários transtornos psiquiátricos em crianças e adolescentes tornaram-se possíveis e decorrentes dessa nova condição. Aparentemente, os casos se multiplicaram numericamente e se fizeram mais conhecidos pela população em geral.

Os prejuízos decorrentes da falta de diagnóstico e do acompanhamento médico, psicológico e psicopedagógico vão do fracasso escolar à evasão, da baixa auto-estima à depressão, da rejeição do grupo ao isolamento, às drogas, à gravidez precoce, à promiscuidade sexual e marginalização, tentativas de suicídio, perda do emprego entre outras.

O Transtorno Afetivo Bipolar em crianças é um exemplo de doença psiquiátrica que exige seriedade no encaminhamento, pois, nessa faixa etária, a sua sintomatologia pode se apresentar de forma atípica.

Assim, ao invés da euforia seguida da depressão dos adultos, nas crianças surge a agressividade gratuita seguida de períodos de depressão. Nestas, o curso do Transtorno Afetivo Bipolar é também mais crônico do que episódico e sintomas mistos com depressão seguida de “tempestades afetivas”, são comuns. Além disso, a mudança é rápida e poderá acontecer várias vezes dentro de um mesmo dia, como por exemplo: alterações bruscas de humor (de muito contente a muito irritado ou agressivo); notável troca dos seus padrões usuais de sono ou apetite; excesso de energia seguida de grande fadiga e falta de concentração. Esses são alguns sintomas que devem ser observados.

Diagnóstico

O diagnóstico deve sempre ser realizado por médicos psiquiatras ou neurologistas em conjunto com psicólogos, que ao diagnosticarem e acompanharem a criança, jovem ou adulto, se preocupa em dar também orientações à família e à escola.

Os diagnósticos de transtornos da saúde mental na infância são difíceis, mesmo para os especialistas, pois é alta a prevalência de comorbidades, ou seja, o aparecimento de dois transtornos simultaneamente, e o pleno desenvolvimento e crescente da criança que altera o quadro constantemente; o que exige conhecimento profissional, experiência e observação minuciosa do médico, do psicólogo, da equipe envolvida e prudência da família.

É importante salientar ainda que estes transtornos afetem seriamente o desenvolvimento e o crescimento emocional dos pacientes podendo ser a criança, o jovem ou o adulto, sendo associados a dificuldades escolares, no trabalho, comportamento de alto risco (como promiscuidade sexual e abuso de substâncias químicas), dificuldades nas relações interpessoais, tentativas de suicídio, problemas legais, múltiplas hospitalizações, etc.

Tratamento

O aparecimento do Transtorno Afetivo Bipolar se deve a uma combinação de fatores, em que aspectos biopsicossociais desempenham papel importante no desencadeamento da doença. Assim sendo, tratamentos medicamentosos, orientação sobre a doença e psicológicos estão indicados. O segredo está no encontro da combinação ideal para cada paciente.

Orientação Psicoeducacional e Psicoterapia

Se o remédio não for tomado, de nada adianta receitá-lo bem como aceitar o tratamento em psicoterapia. Para aumentar o sucesso do tratamento é preciso esclarecer o paciente e seus familiares sobre os sintomas da doença, suas causas, como ela pode seguir durante a vida da pessoa, quais os riscos, que atitudes tomar durante a depressão e na mania (euforia), como se preparar para as recorrências e assim por diante.

Em primeiro lugar, na psicoterapia estará sendo tratado não só o diagnóstico de Transtorno Afetivo Bipolar, não apenas sintomas depressivos ou eufóricos, mas o paciente como pessoa. Levando em consideração que a doença é para a vida toda, podendo hibernar por meses ou anos, o tratamento deve ser planejado para atender as necessidades a curto, médio e longo prazo.

Na orientação acerca da doença também deve ser abordado o preconceito. Resolver dúvidas ajuda a diminuí-lo, mas só o tempo poderá eliminá-lo de vez. Infelizmente pacientes e famílias sofrem durante anos acumulando ressentimentos, queda do poder aquisitivo, atraso na formação, antes da aceitação do diagnóstico e do tratamento.

Outra questão a ser aprendida é como lidar com uma nova crise. Cuidar da decepção, da frustração, da desesperança e prevenir conseqüências prejudiciais é fundamental na recuperação.

Orientações que ajudam

Se, desde que nasceu, a criança apresenta um temperamento mais eufórico, é cheia de energia e criatividade, mas não perturba ninguém nem a si mesma, isso faz parte de sua personalidade, é normal e não deve ser coibido.

Agora, se ela é instável demais e repentinamente oscila entre a euforia e a depressão, a apatia e a hiperatividade, se nada justifica seu estado de excitação e euforia, a falta de sono, a empolgação e há casos de Transtorno Afetivo Bipolar ou mesmo de depressões decorrentes na família, os pais devem procurar ajuda.

O problema, porém, é o risco de encontrar apenas quem dê explicações lógicas para o comportamento da criança. A lógica pode explicar muita coisa, mas nem tudo o que é lógico é normal. As professoras e orientadoras explicam o que acontece na escola e a própria dinâmica familiar serve de explicação para o comportamento infantil. Por isso, é sempre recomendado consultar um pediatra e ou psicólogo, embora infelizmente muitos ainda não estejam preparados para reconhecer os sintomas do transtorno. Na verdade, entre a manifestação dos primeiros sinais e o diagnóstico, às vezes, transcorrem mais de 10 anos.

Na adolescência, o quadro clínico do Transtorno Afetivo Bipolar costuma surgir a partir dos 15 anos e tem características muito diferentes das que se observam na infância. O pico de incidência, porém, ocorre entre 18 e 25 anos.

É nesse período que, em geral, eles estão sob maior estresse, mais inseguros e indefinidos, violentamente bombardeados pelos hormônios. É também nesse período da vida que se expõem mais a comportamentos de risco, a sexualidade explode e as drogas o seduzem. É nesse período, portanto, que fatores ambientais, constitucionais e genéticos interagem favorecendo a eclosão do transtorno bipolar.

Nessa fase, o diagnóstico é mais fácil, porque se trata de um quadro mas clássico e evidente.

É na infância que a dificuldade se acentua. A tendência é reprimir a criança, tentar educá-la à força ou atribuir a responsabilidade por seu comportamento inadequado aos pais, aos irmãos, à escola ou aos amigos. O caso se complica ainda mais porque não se tem certeza de que tais quadros de transtorno sejam biologicamente equivalentes, isto é, se o aparecimento na infância é simplesmente a manifestação precoce de uma patologia que iria acontecer mais tarde no adolescente ou no adulto, ou se é algo mais intrincado do ponto de vista neurofisiológico.

É importante observar que o transtorno afetivo bipolar pode aparecer pela primeira vez em qualquer idade: na criança, no adolescente, no adulto ou no idoso. Nada impede que um indivíduo de 60 anos, muito criativo, energético, envolvido em grandes projetos e intensa atividade, de repente desencadeie o processo por um motivo qualquer.

Independentemente da idade, quanto mais rápido o Transtorno Afetivo Bipolar for diagnosticada, menos irá interferir na estruturação da personalidade das crianças, no caráter do adolescente, nas relações profissionais e familiares do adulto e na imagem do indivíduo com mais idade.

Antes de tudo é preciso combater o medo, porque é ele que aparece primeiro. Depois, é tentar não agir agressivamente contra a pessoa na fase de euforia. Se os familiares não estiverem inseguros e temerosos, poderão convencê-la a procurar atendimento para um diagnóstico diferencial, a fim de eliminar possíveis causas imediatas da doença.

No Brasil, existe a ABRATA, Associação Brasileira de Transtornos Afetivos, que tem site na internet www.abrata.org.br

Essa associação congrega familiares, amigos e pessoas que tenham o Transtorno Afetivo Bipolar, tanto o da depressão quanto o bipolar, e é importante na medida em que procura trocar informações e fornecer elementos inclusive para os profissionais de saúde mental sobre a natureza e tratamento adequado da doença.

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Marina S. R. Almeida

Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar

Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista

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