O melhor método para a alfabetização é um discussão antiga entre os especialistas no assunto e também entre os pais quando vão escolher um escola para seus filhos começaram a ler as primeiras palavras e frases. No caso brasileiro, com os elevados índices de analfabetismo e os graves problemas estruturais na rede pública de ensino, especialistas debatem qual seria o melhor método para revolucionar, ou pelo menos, melhorar a educação brasileira. Ao longo das décadas, houve uma mudança da forma de pensar a educação, que passou de ser vista da perspectiva de como o aluno aprende e não como o professor ensina.
São muitas as formas de alfabetizar e cada uma delas destaca um aspecto no aprendizado. Desde o método fônico, adotado na maioria dos países do mundo, que faz associação entre as letras e sons, passando pelo método da linguagem total, que não utiliza cartilhas, e o alfabético, que trabalha com o soletramento, todos contribuem, de uma forma ou de outra, para o processo de alfabetização.
Qual é o melhor método?
Neste artigo, você vai conhecer os métodos de alfabetização mais utilizados, como funcionam, quais são as vantagens e desvantagens de cada um deles, além da orientação dos Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa, adotados pelo governo federal.
A proposta deste artigo não é apontar o melhor método de alfabetização, até porque os educadores e especialistas não têm um consenso sobre o tema. Pretendemos apenas mostrar as características de cada método para que os pais conheçam mais profundamente o método que está sendo aplicado na educação de seus filhos.
Método Sintético
O método sintético estabelece uma correspondência entre o som e a grafia, entre o oral e o escrito, através do aprendizado por letra por letra, ou sílaba por sílaba e palavra por palavra.
Os métodos sintéticos podem ser divididos em três tipos: o alfabético, o fônico e o silábico. No alfabético, o estudante aprende inicialmente as letras, depois forma as sílabas juntando as consoantes com as vogais, para, depois, formar as palavras que constroem o texto.
No método fônico, também conhecido como fonético, o aluno parte do som das letras, unindo o som da consoante com o som da vogal, pronunciando a sílaba formada. Já no silábico, ou silabação, o estudante aprende primeiro as sílabas para formar as palavras.
Por este método, a aprendizagem é feita primeiro através de uma leitura mecânica do texto, através da decifração das palavras, vindo posteriormente a sua leitura com compreensão.
Neste método, as cartilhas são utilizadas para orientar os alunos e professores no aprendizado, apresentando um fonema e seu grafema correspondente por vez, evitando confusões auditivas e visuais.
Como este aprendizado é feito de forma mecânica, através da repetição, o método sintético é tido pelos críticos como mais cansativo e enfadonho para as crianças, pois é baseado apenas na repetição e é fora da realidade da criança, que não cria nada, apenas age sem autonomia.
Método Analítico
O método analítico, também conhecido como “método olhar-e-dizer”, defende que a leitura é um ato global e audiovisual. Partindo deste princípio, os seguidores do método começam a trabalhar a partir de unidades completas de linguagem para depois dividi-las em partes menores. Por exemplo, a criança parte da frase para extrair as palavras e, depois, dividi-las em unidades mais simples, as sílabas.
Este método pode ser divido em palavra, sentença ou global. Na palavração, como o próprio nome diz, parte-se da palavra. Primeiro, existe o contato com os vocábulos em uma sequência que engloba todos os sons da língua e, depois da aquisição de certo número de palavras, inicia-se a formação das frases.
Na sentenciação, a unidade inicial do aprendizado é a frase, que é depois dividida em palavras, de onde são extraídos os elementos mais simples: as sílabas. Já no global, também conhecido como conto e estória, o método é composto por várias unidades de leitura que têm começo, meio e fim, sendo ligadas por frases com sentido para formar um enredo de interesse da criança. Os críticos deste método dizem que a criança não aprende a ler, apenas decora.
Método Alfabético
Um dos mais antigos sistemas de alfabetização, o método alfabético, também conhecido como soletração, tem como princípio de que a leitura parte da decoração oral das letras do alfabeto, depois, todas as suas combinações silábicas e, em seguida, as palavras. A partir daí, a criança começa a ler sentenças curtas e vai evoluindo até conhecer histórias.
Por este processo, a criança vai soletrando as sílabas até decodificar a palavra. Por exemplo, a palavra casa soletra-se assim c, a, ca, s, a, sa, casa. O método Alfabético permite a utilização de cartilhas.
As principais críticas a este método estão relacionadas à repetição dos exercícios, o que o tornaria tedioso para as crianças, além de não respeitar os conhecimentos adquiridos pelos alunos antes de eles ingressarem na escola.
O método alfabético, apesar de não ser o indicado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, ainda é muito utilizado em diversas cidades do interior do Nordeste e Norte do país, já que é mais simples de ser aplicado por professores leigos, através da repetição das Cartas de ABC, e na alfabetização doméstica.
Método Fônico
O método fônico consiste no aprendizado através da associação entre fonemas e grafemas, ou seja, sons e letras. Esse método de ensino permite primeiro descobrir o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico próprio de sua língua, através de textos produzidos especificamente para este fim.
O método é baseado no ensino do código alfabético de forma dinâmica, ou seja, as relações entre sons e letras devem ser feitas através do planejamento de atividades lúdicas para levar as crianças a aprender a codificar a fala em escrita e a decodificar a escrita no fluxo da fala e do pensamento.
O método fônico nasceu como uma crítica ao método da soletração ou alfabético. Primeiro são ensinadas as formas e os sons das vogais. Depois são ensinadas as consoantes, sendo, aos poucos, estabelecidas relações mais complexas. Cada letra é aprendida como um fonema que, juntamente com outro, forma sílabas e palavras. São ensinadas primeiro as sílabas mais simples e depois as mais complexas.
Visando aproximar os alunos de algum significado é que foram criadas variações do método fônico. O que difere uma modalidade da outra é a maneira de apresentar os sons: seja a partir de uma palavra significativa, de uma palavra vinculada à imagem e som, de um personagem associado a um fonema, de uma onomatopeia ou de uma história para dar sentido à apresentação dos fonemas. Um exemplo deste método é o professor que escreve uma letra no quadro e apresenta imagens de objetos que comecem com esta letra. Em seguida, escreve várias palavras no quadro e pede para os alunos apontarem a letra inicialmente apresentada. A partir do conhecimento já adquirido, o aluno pode apresentar outras palavras com esta letra.
Os especialistas dizem que este método alfabetiza crianças, em média, no período de quatro a seis meses. Este é o método mais recomendado nas diretrizes curriculares dos países desenvolvidos que utilizam a linguagem alfabética.
A maior crítica a este método é que não serve para trabalhar com as muitas exceções da língua portuguesa. Por exemplo, como explicar que cassa e caça têm a mesma pronúncia e se escrevem de maneira diferente?
Autora: Christianne Visvanathan
Fonte: http://pessoas.hsw.uol.com.br/metodo-de-alfabetizacao.htm
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Gutierrez, Francisco. Linguagem Total – Uma pedagogia nos meios de comunicação. São Paulo: Summus Editorial, 1994.
KRAMER, S. Alfabetização, leitura e escrita : formação de professores em curso. Rio de Janeiro:Escola de Professores, 1995.
SMOLKA, A.L. A criança na fase inicial da escrita. São Paulo: Cortez, 1988.
SOARES, M.B. Linguagem e escola. São Paulo: Ática, 1988.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo:Martins Fontes, 1989.
Agendamento para consultas para psicoterapia online ou presencial pelo WhatsApp (13) 991773793.
WhatsApp (13) 991773793
Marina S. R. Almeida
Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar
Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista
Licenciada pelo Conselho Federal de Psicologia para atendimento de Psicoterapia on-line
CRP 06/41029
INSTITUTO INCLUSÃO BRASIL
(13) 34663504
Rua Jacob Emmerich, 365 sala 13 – Centro – São Vicente-SP
CEP 11310-071
marinaalmeida@institutoinclusaobrasil.com.br
www.institutoinclusaobrasil.com.br
https://www.facebook.com/InstitutoInclusaoBrasil/
https://www.facebook.com/marina.almeida.9250
Respostas de 6
Um artigo bastante interessante que ajudou demais na minha pesquisa, e assim consegui escolher o melhor método que será trabalhado, com a certeza que estarei ajudando as crianças na leitura e na escrita.
Boa noite, Gabriela
Muito obrigada pelos seus comentários!!!
Muito sucesso com seus alunos!!
Att.
Marina S. R. Almeida
Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar
Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista
CRP 41029-6
INSTITUTO INCLUSÃO BRASIL
Whatsapp (13) 991773793 ou (13) 34663504
Rua Jacob Emmerich, 365 sala 13 – Centro – São Vicente-SP
CEP 11310-071
marinaalmeida@institutoinclusaobrasil.com.br
http://www.institutoinclusaobrasil.com.br
https://www.facebook.com/InstitutoInclusaoBrasil/
https://www.facebook.com/marina.almeida.9250
https://www.facebook.com/groups/institutoinclusaobrasil
Se não me falhe a memória fui alfabetizado no método fônico em que cada vogal era associada a um objeto. Com isso poderia aprender melhor. Mas o artigo poderia ter citado o letramento. Será que isso presta?
Bom dia! Marcelo
O processo de alfabetização e letramento demanda muitos esforços, tanto da criança que está sendo alfabetizada, quanto para os adultos ao seu redor. É necessária uma força tarefa integrada entre escola e família para que o letramento ocorra de forma eficaz.
Mas o processo de alfabetização e letramento não é apenas gravar letras e juntar sílabas. Vai muito além disso e abrange uma série de capacidades e habilidades sociais relacionadas à escrita e leitura. É preciso que a criança saiba interpretar significados e entender variados contextos através de experiências promovidas durante o processo de alfabetização e letramento.
Existem 2 conjuntos de métodos de alfabetização e letramento: os métodos sintéticos e os métodos analíticos.
Métodos sintéticos:
Método Alfabético: este é o método mais comum, onde a criança aprende primeiro os nomes das letras do alfabeto para, em um segundo momento, fazer as combinações silábicas e montar as palavras.
Silábico: neste método a criança aprende as famílias de sílabas antes de compreender as palavras.
Fônico: no método fônico, a criança aprende associando sons e palavras. São ensinadas as vogais, depois as consoantes e, então, sílabas e palavras.
Métodos analíticos:
Palavração: este método é muito simples, pois ele explora palavras comuns e busca fazer com que a criança reconheça o som dessas palavras.
Sentenciação: a sentenciação, como o nome já diz, parte de um aprendizado que se inicia por frases inteiras, explorando a memorização.
Global: este método apresenta primeiro estruturas de textos com começo, meio e fim. Ele também é conhecido como método de historietas ou contos.
A literacia promove um contato mais profundo da criança com o mundo letrado, criando um ambiente propício ao aprendizado, de forma natural. Por isso, é muito importante que os pais estejam empenhados nesta missão em parceria com a escola.
Os pais podem tornar o processo de alfabetização e letramento mais fácil e rápido, promovendo:
Interação verbal
Leitura dialogada
Narração de histórias
Contatos com a escrita
Atividades diversas
Motivação
Muito obrigada pelo seu comentário.
Um abraço carinhoso e inclusivo.
Att.
Marina S. R. Almeida
Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar
Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista
CRP 41029-6
INSTITUTO INCLUSÃO BRASIL
Whatsapp (13) 991773793 ou (13) 34663504
Rua Jacob Emmerich, 365 sala 13 – Centro – São Vicente-SP
CEP 11310-071
marinaalmeida@institutoinclusaobrasil.com.br
http://www.institutoinclusaobrasil.com.br
https://www.facebook.com/InstitutoInclusaoBrasil/
https://www.facebook.com/marina.almeida.9250
Sou coordenador Pedagógico de escola pública… preciso de estar focado nesses tipos de conhecimentos.
Bom dia! Lúcio
Muito obrigada pelos gentis comentários.
Um abraço carinhoso e inclusivo.
Att.
Marina S. R. Almeida
Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar
Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista
CRP 41029-6
INSTITUTO INCLUSÃO BRASIL
Whatsapp (13) 991773793 ou (13) 34663504
Rua Jacob Emmerich, 365 sala 13 – Centro – São Vicente-SP
CEP 11310-071
marinaalmeida@institutoinclusaobrasil.com.br
http://www.institutoinclusaobrasil.com.br
https://www.facebook.com/InstitutoInclusaoBrasil/
https://www.facebook.com/marina.almeida.9250