Na escola as questões de identidade sexual e identidade de gênero são temas atuais. O tema homossexualidade e transgênero é um tema delicado, devemos ter respeito e ampla reflexão, com nossas atitudes e julgamentos inadequados no ambiente escolar.
A homossexualidade se define pela tendência do indivíduo ter preferência sexual para relacionar-se e conviver com outro indivíduo do seu mesmo sexo.
A criança transgênero opta por se vestir de acordo com o gênero que se identifica, gênero masculino ou feminino e não com sua orientação de identidade sexual como menina ou menina porque está associado ao seu órgão genital. Então aparecem as dificuldades na escola:
Qual banheiro que a criança transgênero irá usar?
Será que as demais crianças entendem o que é transgênero? E os demais pais da escola?
E os preconceitos das pessoas?
As demais crianças e funcionários tem curiosidade sobre o aluno transgênero?
Como a criança transgênero se sente na escola?
Há bullying acontecendo com as crianças diferentes, que podem ser homossexuais, transgêneros? Como,lidar com isso?
A ciência do comportamento como a Psicologia, ainda não encontrou explicações razoáveis ou justas para sustentar as escolhas sexuais das pessoas, do porque são homossexuais, heterossexuais, pansexuais, transgêneros, e outras possibilidades de gêneros ou expressões de escolhas sexuais. Temos muitas teorias e indicadores genéticos, bioquímicos cerebrais, psíquicos, contudo nada é definitivo, não temos uma teoria ou resposta única.
Neste sentido a orientação da libido de uma pessoa em direção a um objeto do mesmo sexo, ou em direção a um objeto do sexo oposto, não tem diferença essencial qualitativa ou normativa, isto é, esta ou aquela orientação não é mais ou menos adequada, normal ou patológica do que outra.
Freud (1905) escreveu nos Três Ensaios sobre a Sexualidade:
“O afeto de uma criança por seus pais é sem dúvida o traço infantil mais importante que, depois de revivido na puberdade, indica o caminho para sua escolha de um objeto sexual, mas não é o único. Outros pontos de partida com a mesma origem primitiva possibilitam ao homem desenvolver mais de uma linha sexual, baseada não menos em sua infância, mas também no ambiente, nas relações, na história individual, estabelecendo condições muito variadas para sua escolha de objeto sexual.” (…) “As inumeráveis peculiaridades da vida erótica dos seres humanos, assim como o caráter compulsivo do processo de apaixonar-se, são inteiramente ininteligíveis, salvo pela referência à infância e como efeitos residuais da infância”.
É interessante assinalar que a homossexualidade tanto quanto a heterossexualidade são comportamentos e, enquanto tais, não significam necessariamente identidades.
Freud tinha uma noção clara dessa questão e, não obstante as dificuldades e os aspectos, patológicos ou não, relacionados com os comportamentos sexuais. Jamais considerou homossexualidade como algo patológico em si. Pelo contrário, o que com ele a Psicanálise desenvolveu, independente das várias escolas de pensamento analítico, foi uma visão que procurou, como em qualquer outro comportamento humano, relacionar sua raiz à origem corporal e material da mente, ou seja, ao mundo da infância.
Assim no seu ensaio “Sobre a Psicogênese de um Caso de Homossexualismo Feminino” (1920) Freud escreve:
“Não compete à Psicanálise solucionar o problema do homossexualismo. Ela deve contentar-se com revelar os mecanismos psíquicos que culminaram na determinação da escolha de objeto, e remontar os caminhos que levam deles até as disposições instintuais”.
Portanto a Psicanálise contribui para o individuo redefinir sua vida, sua autoestima, seu posicionamento no mundo mental e adaptação ao mundo social.
Se a raiz é infantil, quando se trata de um adulto, ou mesmo de uma criança ou adolescente, a árvore já nasceu, cresceu e sua folhagem abre-se para algo que ainda não se perfez. Tudo que é vivo, é inconcluso, imperfeito, não terminado, incluindo o modo de comportar-se não sendo possível uma intervenção quer seja analítica, escolar, moral, nos restando compreensão e empatia. Caso estes sentimentos não apareçam provavelmente à relação quer seja com o aluno x professor ou psicólogo x paciente será truncado, provavelmente não haverá crescimento humano.
É útil considerarmos a sutil diferença de tratarmos qualquer pessoa por sua orientação sexual e transformá-la na identidade do sujeito: ele é gay, ela é lésbica. Criamos um estigma de identidade binária, assim como descreve Freud:
“(…) um adjetivo pode se tornar um nome e o possuidor de uma pulsão homossexual é então chamado um homossexual. Aquilo que era apenas uma pulsão dentre outras foi transformado, pela magia das palavras, em uma identidade, um estado, um distúrbio, uma doença, uma perversão”.
Não existe nada que possa “explicar” a homossexualidade e transgênero, sendo assim, não pode existir teoria unitária quanto à etiologia, a dinâmica ou tratamento.
Há homossexualidades e transgêneros, cada um com sua história pessoal, sua individualidade, suas etiologias, suas dinâmicas e suas aparências são tão variadas quanto as expressões da heterossexualidade.
Aqui podemos ressaltar as contribuições de Bion (1980) quando enfatiza a relação entre capacidade de sonhar, capacidade para pensar o mundo bruto das sensações e das emoções que poderão ou não estar comprometidas.
Cabe ao professor explorar estas áreas através dos conteúdos pedagógicos.
A capacidade de pensar o diferente de mim é determinante para o aprendizado sendo o resultado das transformações possíveis entre experiência corporal/sexualidade, criação e experiência ética/estética.
Abaixo na referencia bibliográfica sugiro vários livros com materiais de apoio sobre sexo, que poderão ser utilizados por pais em casa e professores na escola.
No Instituto Inclusão Brasil – Consultório de Psicologia, Psicopedagogia e Psicanálise, atendemos crianças, adolescentes e adultos homossexuais, transgêneros ou em qualquer escolha da sua identidade ou orientação sexual.
Bibliografia:
O CORPO DA ROUPA (livro sobre condição transgênero)
Letícia Lanz – Ed. Trasngente
HOMOSSEXUALIDADE EM PERSPECTIVA
Willian Master e Virginia Johnson – Ed. Civilização
PAPAI, MAMÃE E EU – CONVERSANDO SOBRE SEXO PARA CRIANÇAS DE 2 A 6 ANOS
(material com pranchas de desenhos, orientações didáticas e atividades para trabalhar em sala de aula)
Marta Suplicy – Ed. FTD
PROFESSOR E PSICOLOGIA APLICADA NA ESCOLA
Vivien Rose Bock – Ed. Kinder
GUIA DE ORIENTAÇÃO SEXUAL (livro de atividades práticas)
Marta Suplicy e colaboradores – Ed. Casa do Psicólogo
FALANDO DE SEXO 6 A 9 ANOS
Gilbert Tordjman e Claude Morand – Ed. Scipione
ORIENTAÇÃO PARA PAIS E PROFISSIONAIS SOBRE SEXUALIDADE DE 3 A 8 ANOS
Maria das Graças F. Augusto, Moacir Costa, Sandra M. Paladino – Ed. Casa do Psicólogo
SEXO E JUVENTUDE COMO DISCUTIR A SEXUALIDADE EM CASA E NA ESCOLA
(com atividades práticas para trabalhar na escola com adolescentes)
Carmem Barroso e Cristina Bruschini – Ed. Cortez
EDUCAÇÃO SEXUAL: DEBATE ABERTO
Carmem Barroso e Cristina Bruschini – Ed. Vozes
EDUCAÇÃO SEXUAL, UMA PROPOSTA UM DESAFIO
Maria Amélia Azevedo – Ed. Cortez
CONVERSANDO SOBRE SEXO COM ADOLESCENTES
Marta Suplicy – Ed. FTD
Entre em contato comigo e agende uma entrevista:
Marina S. R. Almeida
Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar
Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista
CRP 41029-6
INSTITUTO INCLUSÃO BRASIL
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2 respostas
muito bom esse site gostei muito do conteudo dele.vou passar aqui mais vezes durante a semana para acompanhar seu conteúdo. abraços
Bom dia! Silvano
Muito Obrigada, pelos seus cometários e elogios.
Fico muito contente que apreciou meu site!!!
Volte sempre!!!
Att.
Marina S. R. Almeida
Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga Clínica e Escolar
Neuropsicóloga, Psicopedagoga e Pedagoga Especialista
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